Uma centena de dirigentes sindicais, seis centrais sindicais, entidades de juízes e procuradores do Trabalho, Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) e Frente Brasil Popular estiveram reunidos com a Bancada da Oposição no Senado, no início da noite dessa segunda-feira (10), para organizar as estratégias de resistência para a votação da reforma trabalhista, agendada para as 11 horas da manhã desta terça-feira no plenário da Casa.
A reunião foi realizada na Liderança do PT, com a presença dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE), Paulo Paim (PT-RS), Paulo Rocha (PT-PA), João Capiberibe (PSB-AP) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Reforma para salvar Temer
Duas unanimidades deram o tom da reunião. A primeira é que essa reforma, se aprovada, vai desorganizar violentamente as relações de trabalho no Brasil. A segunda: apesar dos esforços dos oposicionistas para fazer de conta que a sessão desta terça-feira será apenas “mais uma” na vida do Senado, não há normalidade possível quando se pretende votar o retorno do País ao Século 19 a toque de caixa.
[blockquote align=”none” author=”Lindbergh Farias, líder do PT”]Temer pode cair a qualquer momento e querem que o Senado vote esse absurdo como se nada estivesse acontecendo[/blockquote]
“Essa não será uma sessão normal. O País está parado para acompanhar o processo contra Temer, que pode cair a qualquer momento, e os governistas querem que o Senado vote um projeto absurdo desses como se nada estivesse acontecendo”, resume Lindbergh Farias, líder do PT no Senado. “Querem aprovar essa reforma para dizer que o governo Temer ainda respira”.
A ministra do Tribunal Superior do Trabalho Delaíde Alves Miranda Arantes, que tem se destacado na denúncia dos prejuízos que a reforma trabalhista, foi uma das participantes da reunião. Ela elogiou a tenacidade da bancada de Oposição na resistência às investidas do governo contra os direitos dos trabalhadores.
Os representantes das entidades, que continuarão tentando ganhar o voto dos senadores indecisos até o último minuto, acreditam que a manifestação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) condenando diversos pontos da reforma será mais um reforço no trabalho de convencimento.
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