“Não há presunção de inocência no Brasil. Ao menos no caso de Lula, há presunção de culpa”, afirmou advogado do ex-presidente na ONU, Geoffrey Robertson. Ele participou, junto de Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, também advogados de Lula, de seminário sobre o caso do ex-presidente realizado no Teatro Tucarena da PUC de São Paulo na noite dessa segunda (29).
Advogado britânico e conselheiro da rainha, Robertson representa Lula na Comissão de Direitos Humanos da ONU. Durante sua fala, ele discorreu sobre o desrespeito a direitos fundamentais na forma como o processo contra o ex-presidente ocorreu no Brasil.
Para ele, um dos fatos mais marcantes foi ver a relação de proximidade entre o Procurador do MPF, Maurício Gotardo Gerum, com os desembargadores que julgaram o ex-presidente, chegando ao ponto de sentarem juntos. “O procurador geral sentar ao lado dos juízes seria impossível na Inglaterra”, comentou.
O advogado britânico ainda afirmou que “para investigar corrupção, você precisa fazer isso de maneira justa, se não, você não tem legitimidade”.