O senador Rogério Carvalho (PT-SE) defendeu nesta quarta-feira (8), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma Reforma Tributária progressiva, ou seja, aqueles que ganham mais paguem mais impostos e desonere o setor produtivo. A manifestação do senador está alinhada com a proposta de Reforma Tributária justa, solidária e sustentável do Partido dos Trabalhadores, lançada na Câmara dos Deputados em outubro do ano passado.
Rogério Carvalho afirmou que a questão tributária é fundamental para o Brasil superar as desigualdades e a exclusão dos mais pobres.
“Nós temos um imposto muito caro e quem paga mais imposto proporcionalmente são os mais pobres. Então, qualquer reforma tributária que não resolver isto é uma reforma de caráter discriminatório e que vai manter as desigualdades sociais no nosso país”, declarou.
Como exemplo, o senador Rogério Carvalho disse que quem ganha um salário mínimo gasta para comprar um fogão a gás de R$ 1 mil, cerca 10% da renda, mas quem ganha 20 salários mínimos vai gastar 1%. Para ele, essa situação comprova a crueldade das regras tributárias do Brasil.
“Se não resolver essas questões, não muda a realidade e o ciclo de miséria, de exclusão, de concentração de riqueza, que vive este grande pais, que poderia ser uma grande nação que cuidaria muito melhor de todos os seus filhos e filhas que estão em extremo abandono, entrando na linha da pobreza, passando fome, por conta dessa concentração absurda que o país está vivendo de concentração de riqueza”, explicou.
Além disso, Rogério Carvalho criticou as reformas trabalhistas de Bolsonaro e Temer, que, segundo ele, desequilibrou a relação de forças entre trabalhadores e empregados, e a volta da inflação.
“A inflação que está voltando e que comido parte da renda dos trabalhadores e isso tem gerado uma legião de pessoas na extrema miséria, na miséria, pessoas passando fome e nós não podemos conviver com isso, sendo moradores, sendo filhos, sendo cidadãos de um país rico como Brasil. É inaceitável o que está acontecendo no Brasil neste momento da nossa história”, concluiu.