Senadores petistas desmontam farsa bolsonarista sobre fraudes no INSS

Randolfe apresenta documento assinado por Paulo Guedes em 2019 comprovando que governo passado não quis combater desvios

Alessandro Dantas

Senadores petistas desmontam farsa bolsonarista sobre fraudes no INSS

Randolfe apresenta documento que comprova: Paulo Guedes conhecia denúncias de desvios no INSS

O depoimento do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi deixou claro que o governo do presidente Lula deu total independência aos órgãos de controle para investigar as fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS. Lupi provou que as fraudes foram cometidas a partir de convênios firmados quase integralmente no governo Bolsonaro. O esquema foi descoberto por investigação promovida pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União no governo do presidente Lula.

A farsa bolsonaristas sofreu forte revés ao final da audiência, quando o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), apresentou documento do ex-ministro Paulo Guedes, de 2019, explicando a deputado bolsonarista como funcionavam as entidades fantasmas. Guedes diz no ofício que o governo não iria rever os convênios feitos com o INSS. E que o governo passado sabia dos descontos, mas que cabia aos aposentados e pensionistas a obrigação de provar que estavam sendo lesados.

“O roubo estava acontecendo e eles justificaram o roubo. O esquema poderia ter sido desbaratado por uma simples auditoria em 2019. O que diferencia os governos no combate à corrupção é a providência tomada. Nosso governo soube, a CGU investigou e a Polícia Federal atuou, e não teve ônus da prova pra quem foi lesado: todos foram ressarcidos e a operação é para recuperar o dinheiro”, disse Randolfe

O líder do governo em exercício no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), também ressaltou o compromisso do governo em apurar as fraudes e garantir os direitos dos aposentados e pensionistas. “O ministro da CGU foi indicado pelo presidente Lula; a CGU é um órgão do primeiro governo. Se quisesse esconder, teria feito [a investigação]? Isso não faz sentido”, afirmou o senador.

Rogério apontou os caminhos para a CPMI. “A gente tem a responsabilidade de saber em que momento o esquema aconteceu, qual foi o mecanismo, para que se evite no futuro. O governo já fez uma parte que foi ressarcir essas pessoas. Agora a gente precisa saber qual foi o mecanismo por trás efetivamente”, frisou.

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