Daniel Gomes/Assessoria de Comunicação

Senador Rogério Carvalho durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça
Na manhã desta quarta-feira (23/4) durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o líder do PT na Casa, senador Rogério Carvalho (PT-SE), expressou uma posição firme e necessária sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 12/2022. A matéria propõe o fim da reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e prefeitos, além do aumento dos mandatos executivos de quatro para cinco anos a partir de 2026.
Segundo o senador, é urgente e inevitável enfrentar o tema. “Nós não podemos adiar esse debate — eu concordo. Nós precisamos enfrentá-lo, ele é fundamental”, afirmou, ressaltando que é “hora de romper com os dogmas e aprofundar discussões essenciais para o fortalecimento da democracia”.
A proposta tem gerado polêmica, especialmente entre os defensores de eleições frequentes. Carvalho, no entanto, reconheceu o argumento, mas alertou para o esgotamento institucional provocado pela lógica permanente de disputa eleitoral. “Estamos vivendo, no Brasil, o fim dos tempos da governança. Ninguém consegue mais governar, porque todos estão o tempo todo preocupados com a próxima eleição”, disse.
Ele ressaltou, ainda, que o ciclo contínuo de articulações e campanhas tem impedido avanços concretos na gestão pública. “Está todo mundo exausto e sem condições de sustentar esse modelo de eleição e disputa permanentes na sociedade”, reforçou.
Apesar da defesa do debate, o líder petista foi enfático ao destacar a importância de respeitar o Estado democrático de direito: “Não podemos cometer o erro de criar transições inconstitucionais. É preciso respeitar o direito adquirido, seja qual for a iniciativa”, reiterou.
“É saudável, necessário e fundamental que façamos esse debate. Precisamos nos posicionar e dar uma sinalização clara à sociedade sobre esse tema”, concluiu.