O senador Rogério Carvalho (PT-SE) esteve na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta sexta-feira (11/10), em busca de informações sobre o andamento do inquérito que investiga a tentativa de homicídio cometida por um candidato bolsonarista contra o militante petista Charles Belchior. O crime ocorreu no dia 2 de outubro, durante uma carreata da campanha da candidata Candisse Carvalho, em Aracaju (SE).
Acompanhado do advogado Josefhe Barreto, Rogério foi recebido pela diretora do DHPP, delegada Juliana Alcoforado, com quem conversou sobre o progresso das investigações.
“A gente tem muito a agradecer. O trabalho está sendo feito para que os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível e os responsáveis por aquele ato atroz sejam adequadamente punidos pelos crimes que cometeram”, afirmou o senador.
Carvalho ainda reforçou a busca por justiça e destacou o impacto negativo das redes sociais nas relações humanas.
“As relações humanas estão sendo cada vez mais afetadas, e o que vemos são muitas situações extremamente primitivas, impulsionadas pelas redes sociais, por discursos de ódio que corroboram com ações violentas. Na Idade Média, uma arma era uma ferramenta que funcionava como uma extensão do corpo. Hoje, a arma é uma tecla de computador ou um celular, capaz de causar mais estrago e danos do que um exército inteiro. E isso é muito grave. Por isso, estamos em busca de justiça por Charles até o fim”, acrescentou.
O advogado Josefhe Barreto também comentou sobre o andamento do inquérito. Segundo ele, a delegada Juliana Alcoforado não solicitou a prisão preventiva dos acusados na semana passada devido às eleições, mas está convicta de que houve uma tentativa de homicídio. Barreto disse, ainda, que os envolvidos foram intimados, mas permaneceram em silêncio, e o inquérito está próximo de ser concluído.
“Acredito que a delegada vá solicitar a preventiva na conclusão do inquérito, que já está praticamente encerrado. Eles foram ouvidos ontem, mas preferiram manter o silêncio. A delegada ainda aconselhou que apresentassem uma justificativa, uma explicação, mas eles optaram por não falar”, explicou.
“Ficou comprovado que, com o simulacro da tornozeleira, ele se preparou para aquele ato de interferir na carreata, de prejudicá-la, e isso reforça a questão do crime político”, revelou Barreto.
O advogado também elogiou o trabalho da delegada Juliana Alcoforado e do Secretário de Segurança Pública, João Eloy, pela rapidez e eficiência no andamento do processo.
“Quero reforçar que o inquérito foi conduzido dentro das quatro linhas da legalidade e enaltecer a atuação de Juliana Alcoforado, que foi muito ágil. A questão do simulacro da tornozeleira eletrônica confirma a premeditação do crime político. Ele foi com o propósito de nos insultar”, reforçou.