Alex Garcia/MST

A Conab voltou a fazer estoques de arroz, depois de um período de desmonte no governo anterior
A garantia de preços baixos dos alimentos e da segurança alimentar dos brasileiros são grandes metas do governo Lula que estão sendo alcançadas com a safra recorde de grãos para 2024/25, anunciada nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Estimada em 330,3 milhões de toneladas, a safra teve um crescimento de 10,9% que corresponde a 32,6 milhões de toneladas em relação ao ciclo de 2023/24. A retomada do protagonismo da Conab reverte a política nefasta dos anos de Bolsonaro que fechou 27 armazéns da companhia e ameaçou a soberania alimentar do país.
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“A notícia é extraordinária: o Brasil terá a grande safra agrícola da sua história. Nunca o país colheu uma safra agrícola desse tamanho. Isso é muito positivo para o campo agrícola brasileiro, para nossa economia, para o país e para o mundo que também depende da nossa produção. Mas é especialmente uma excelente notícia para os nossos consumidores”, ressaltou Edegar Pretto, presidente da Conab.
Os dados foram apresentados pela companhia estão no 7º Levantamento da Safra Agrícola 2024/2025, realizado por 100 técnicos em parceria com universidades e institutos federais para levantar a previsão de safra dos 16 principais grãos produzidos no país. “Por orientação do presidente Lula a Conab voltou a cumprir a sua verdadeira missão que é garantir o abastecimento”, assinalou Pretto.
Safra recorde de soja
As projeções da Conab incluem também o maior volume de soja já colhido no país, com 167,9 milhões de toneladas, impulsionada por recordes de produtividade no Centro-Oeste, como em Mato Grosso e Goiás. A produção de milho também deve crescer para 124,7 milhões de toneladas e o algodão terá aumento de 6,9% sobre a safra anterior, expectativa de produção recorde.
Retomada da produção do arroz e feijão
Edegar Pretto deu outra notícia boa que é o aumento da produção de arroz e feijão. “13 anos se passaram que o arroz perdia espaço na lavoura brasileira, arroz e feijão. Este é o ano de uma retomada muito importante”, salientou. A previsão é de uma safra de arroz de 12,1 milhões de toneladas, 14% a mais que a de 2024 e de feijão 2% acima, sendo que o crescimento foi de 9% junto com a safra anterior.
Os armazéns da Conab foram reformulados, “o que nos dá tranquilidade de uma estrutura muito melhor para voltar com mais efetividade, com mais potência numa política de formação de estoques públicos”, assinalou o presidente da companhia, acrescentando que depois de 11 anos a Conab voltou a ter estoques de trigo.
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Além das condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras, os recordes se devem a uma maior área plantada, estimada em 81,7 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares em relação à safra passada
Mão amiga do governo federal
A Conab lançou em 2024 um contrato de opção de venda que garante ao agricultor 20% acima do preço mínimo do arroz mas, se o preço de mercado estiver melhor do que no contrato, o produtor tem a opção de vender para o mercado.
“Se tiver abaixo, a Conab compra e bota o arroz nos estoques. Depois de oito anos vamos de novo estocar arroz, para dar segurança alimentar nutricional ao povo brasileiro. Sob orientação do presidente Lula estamos garantindo que a Conab volte a cumprir com a sua verdadeira missão que é garantir o abastecimento”, sinalizou.
O governo passado conduziu uma política prejudicial à produção e armazenamento de alimentos no país, com baixos investimentos e o fechamento de 13 das 91 unidades armazenadoras. No governo do presidente Lula, a formação dos estoques reguladores da Conab é uma prioridade.