O mês de janeiro terminou com o saldo dos depósitos em cadernetas de poupança totalizando R$ 500 bilhões, com aplicações superiores aos resgates efetuados da ordem de R$ 2,3 bilhões. Esse valor representou a maior captação líquida para o mês de janeiro desde 2010, quando os depósitos superaram as retiradas em R$ 2,6 bilhões. As aplicações totais durante o mês passado somaram R$ 113 bilhões. Os juros creditados foram de R$ 2,2 bilhões, já pela nova sistemática de cálculo da rentabilidade.
A partir de 4 de maio de 2012, o dinheiro aplicado nas cadernetas de poupança começou a ser corrigido pela Taxa Referencial (TR) mais 70% da Taxa Selic, que está em 7,25% ao ano. Antes dessa data, a poupança era corrigida pela TR mais 0,5% ao mês.
A bancada do PT liderou amplo debate naquela ocasião quando analisou a proposta encaminhada pelo Governo Federal para mudar o critério de cálculo da poupança, fundamental para abrir espaço a uma redução mais forte da Taxa Selic que estava em queda, mas situava-se em torno de 8,5% ao ano. A proposta estabelece que a rentabilidade da poupança corresponde à variação da TR mais 70% da Taxa Selic enquanto essa taxa permanecer abaixo de 8,5% ao ano. A mudança no critério garantiu que a Taxa Selic experimentasse o mais baixo índice da história ao chegar a 7,25% ao ano.
Essa diminuição permitiu, ainda, a redução do chamado ‘spread’ bancário, que é a diferença entre a taxa de juro que o investidor recebe quando faz uma aplicação e aquela taxa de juro, que uma pessoa paga quando faz um empréstimo. Essa diferença já chegou a mais de 50% no Brasil. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) estabelece que 65% dos depósitos sejam destinados para o financiamento imobiliário. Desse saldo de R$ 500 bilhões, cerca de R$ 109 bilhões são da poupança rural, integrante do SBPE.
Com informações da Agência Brasil
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