Saúde amplia acesso de doentes crônicos à vacinação da gripe influenza

Vacinas estarão disponíveis em 35 mil postos em todo o país. 

O Ministério da Saúde vai levar para mais perto de quem precisa a vacina contra a gripe influenza e tornar mais claro quem são os brasileiros que devem ser vacinados. A determinação anterior não esclarecia quem deveria ser o público alvo da vacinação e confundia alguns pacientes e até mesmo profissionais de saúde.

Para evitar dúvidas, uma lista apontando em quais casos a vacina é recomendada será amplamente divulgada pelo Ministério da Saúde.  O detalhamento permitirá que os profissionais de saúde possam avaliar, com mais precisão, a adequação da pessoa com doença crônica à recomendação de uso da vacina.

Com a lista, o entendimento para quais casos e condições a vacina é indicada fica mais clara. Por exemplo, as doenças cardíacas crônicas passam a ter as seguintes descrições: doença cardíaca congênita, hipertensão arterial sistêmica com comorbidade, doença cardíaca isquêmica e insuficiência cardíaca. A expectativa é que com esse detalhamento, um maior número de pessoas desses grupos seja vacinado.

A ação já entra em vigor na próxima campanha de vacinação contra a influenza, em 2013, e deve atender a cerca de seis milhões de pessoas em todo o País. Com o estabelecimento e a divulgação da lista de doenças crônicas e outras condições de maior risco para casos graves e complicações da influenza, as pessoas portadoras poderão ter acesso à vacina em qualquer uma das 35 mil salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste ano, a recomendação durante a campanha foi para que as pessoas com comorbidades (condições especiais de saúde) se dirigissem aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES). O objetivo da campanha de vacinação contra a influenza é proteger os grupos mais vulneráveis, reduzindo os casos graves e óbitos. O Ministério da Saúde segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) ao eleger, como grupo prioritário, os idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, profissionais de saúde, indígenas, pessoas privadas de liberdade e portadores de determinadas doenças crônicas.

Em 2012, a meta de vacinação, que era de 80% para os grupos prioritários, foi superada. A cobertura alcançou 86,24%, o que corresponde a 25.9 milhões de pessoas vacinadas.

Segura e eficaz
A vacina contra a gripe é segura e protege contra os três tipos de vírus da influenza que mais circularam no inverno do ano anterior. Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde divulga, em fevereiro e em setembro, a composição da vacina para os hemisférios Norte e Sul, respectivamente. Na vacina que começou a ser elaborada para utilização na campanha de 2013 encontra-se o vírus da influenza A (H1N1). 

A gripe é diferente do resfriado e de outros quadros respiratórios mais leves. A característica principal da gripe é o aparecimento de febre (temperatura maior que 38º C), sintomas respiratórios (tosse, dor na garganta e outros) e sintomas gerais, como cefaleia, moleza e dores no corpo. A grande maioria dos casos de gripe é leve e cura-se espontaneamente. Entretanto, em algumas situações, particularmente nesses grupos mais vulneráveis, ela pode evoluir para casos graves, necessitando atenção médica imediata. Uma boa maneira de aumentar a proteção contra a gripe é adotar as medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável ou na dobra do cotovelo.

Com informações do Ministério da Saúde

Veja a tabela com a relação dos casos que devem receber a vacina

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