“Se dependesse dos analistas, Brasil não existiria mais”, diz Wellington Dias

Senador também destaca visita que a presidenta Dilma fará ao Piauí amanhã, quando inaugura várias obras para melhorar a vida da população


No tempo de FHC é que risco de apagão por falta de
investimentos em energia

Em discurso na tribuna do Senado na tarde desta segunda-feira (17), o senador Wellington Dias (PT-PI) disse com todas as letras que o fornecimento de energia está garantido para todo o País porque há equilíbrio estrutural. Embora considere que haja um movimento orquestrado de alguns setores, para pintar um quadro negativo, afirmando que um blecaute seria um apagão, o senador garante que não há falta de energia porque desde os governos Lula e Dilma houve pesados investimentos para geração.

“Nada comparado ao que os brasileiros enfrentaram em 2001, quando o País era governado por Fernando Henrique Cardozo. Naquela época sim, havia falta estrutural de energia pela inexistência de investimentos. Isso é um fato”, disse.

Para Wellington, a onda negativa que se nota na mídia, onde parece existir uma torcida para que haja de fato um racionamento de energia, não passa de um movimento orquestrado. “Se dependesse da análise dos especialistas, esse País não existiria mais. As mesmas pessoas, todas as semanas, fazem previsões catastróficas e todas as semanas elas erram”, salientou.

O senador lembrou que lá atrás, no governo tucano, o racionamento de energia consistia, na prática, em fazer com que os consumidores economizassem 20% de energia. “E havia a ameaça de que, no descumprimento, o corte seria posto em prática. Lá atrás faltou energia, mas não foi por alguns minutos como verificamos na semana passada. Foram por oito meses”, recordou.

Em aparte, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) afirmou que “as cassandras pessimistas ficam agourando e torcendo pelo colapso no abastecimento de energia. Parece que esses analistas torcem contra. Mas a verdade é que o País tem uma margem de segurança equivalente a 6 mil megawatts”.

Armando Monteiro sugeriu que os parlamentares das regiões Norte e Nordeste liderem um movimento para pedir a construção de uma terceira linha de transmissão da Usina Belo Monte, no Pará, que seja direcionada para essas duas regiões, ao invés das duas atuais que seguem primeiro para a região Sudeste para depois atender a região Nordeste – Wellington Dias concordou com essa sugestão de pronto.

“Nosso governo fortaleceu o Estado e na área de energia estabeleceu um novo marco regulatório, baseado em pilares como a modicidade tarifária e a sustentabilidade no fortalecimento”, observou Wellington.

Ainda na tarde de hoje, ao participar num evento no Rio de Janeiro, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que o Brasil não trabalha com a hipótese de racionamento. Ao jornal Valor Econômico (online) disse que “existe 95% de probabilidade de, com a capacidade instalada que temos hoje, de ter um excedente de 6 mil megawatts. Posso dizer com tranquilidade que temos segurança estrutural”.

Ao comentar o texto na página do jornal, o leitor João Carlos Rebelo de Carvalho disse não ter dúvidas de que o apagão na semana passada foi orquestado.

Dilma no PI

Wellington Dias também falou da expectativa que a população do estado tem com a visita de amanhã cedo da presidenta Dilma Rousseff, quando irá inaugurar algumas obras e lançar o PAC mobilidade na capital Teresina. “A presidenta vai ser recebida com carinho, porque há o reconhecimento pelos investimentos do governo nos 225 municípios do estado, mostrando sua postura republicana porque o governo estadual e a capital são comandados pelo PSB”, disse.

Marcello Antunes

Foto: Agência Senado

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