“Se querem governar, ganhem nas urnas. No grito, ninguém vai levar”, alerta Fátima

“Se querem governar, ganhem nas urnas. No grito, ninguém vai levar”, alerta Fátima

Fátima: “Temos muita tranquilidade para dizer que o processo de impeachment será derrotado”Quem quiser governar o Brasil que se prepare para chegar ao governo pela via democrática, pelas urnas. No grito, ninguém vai levar. O aviso é da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que em pronunciamento ao plenário, na última terça-feira (8), destacou os desdobramentos da condução coercitiva do ex-presidente Lula, na sexta-feira (4), para depor sobre investigações da Operação Lava Jato. “Quem viver verá! Não conseguirão o impeachment de Dilma nem pela via do golpe, não vão chegar a lugar nenhum”, assegurou a senadora.

Os que pensam que vão conseguir o impeachment de Dilma ou o “impeachment preventivo” de Lula podem preparar outra estratégia, aconselha a senadora, pois a “operação judicialesca” a serviço do golpe não vai prosperar. A vontade popular não vai permitir, como provam as inúmeras manifestações que eclodiram País a fora, logo após a divulgação da detenção de Lula. De sexta a domingo, foram realizados atos de solidariedade ao ex-presidente em mais de 1.200 cidades.

Fátima citou a pesquisa do Instituto Vox Populi, realizada logo após os acontecimentos, apontando que 65% dos brasileiros desaprovaram ou a operação comandada pelo juiz Sérgio Moro. “Condenam porque veem exageros nas condutas do Juiz. A população tem sabedoria, tem sensibilidade”. Levantamentos recentes publicados pela mesma mídia que ataca o PT confirmam que sob todo o bombardeio, o partido continua a crescer.

“Sábado (5), por exemplo, eu estava em Currais Novos (RN), região do Seridó, e tive a alegria de abonar a filiação de 30 companheiros que ingressaram no PT”.

“Não percam o juízo”
A senadora afirmou seu respeito ao contraditório e ao papel da oposição. “Mas espero que não percam o juízo. Espero que essa luta tenha limites” e lembrou que uma vez instalado o processo de impeachment, “cada qual vai mostrar a sua cara” e ficará claro quem se alia à democracia e à ordem constitucional e quem é capaz de ferir o Estado de Direito por revanche e pela incapacidade de ganhar nas urnas.

“Temos muita tranquilidade para dizer que o processo de impeachment será derrotado, pois não guarda sintonia com a verdade”. Sobre a suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral, que voltou a assanhar os setores golpistas da oposição, Fátima lembra que não basta falar. “Onde estão as provas? Delação por delação, existem várias, inclusive envolvendo parlamentares da oposição. As pessoas têm o direito de se defender, a presunção de inocência está na Constituição. Não vamos aceitar a hipocrisia de que quando a delação envolve os adversários ela não presta, mas quando envolve o PT ou nossos aliados, ela é verdadeira”.

“Viemos das ruas”
Convicta de que os fatos não sustentam um impeachment, Fátima também não receia a movimentação das ruas, por mais que a campanha pelo golpe conte com os grandes meios de comunicação e sofisticado aparelho de propaganda, como se pode constatar pelas peças divulgadas nas redes sociais chamando para as manifestações contrárias ao governo. “Não tenho medo das ruas. Foi nas ruas que nós do PT, do campo democrático popular, da esquerda, dos movimentos sociais, dos movimentos populares nascemos, e de lá nós nunca nos ausentamos”. A senadora, porém, apela para que as manifestações contra e a favor do governo ocorram sob o signo do respeito.

“Infelizmente, o noticiário é feito a mando de seus donos, da forma mais reprovável que pode haver no mundo, um noticiário extremamente manipulador, que não respeita qualquer manual de comunicação social, que não observa o mínimo de isenção, de profissionalismo e de seriedade. E é a própria Rede Globo que está incentivando o sentimento de ódio e de intolerância, mas o nosso povo não vai cair nessa provocação, de maneira nenhuma”, denunciou. Contra essa trama, porém, está a maioria dos brasileiros “que sabem o quanto essa democracia nos custou e estão firmemente atentos e vigilantes para não deixar, de maneira nenhuma, que tirem à força a primeira mulher eleita e reeleita Presidenta da República”.

 

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