O afastamento das funções o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinado na manhã desta quinta-feira (05) pelo ministro do STF, Teori Zavaschi, pode ser o preâmbulo de novas e importantes mudanças no já conturbado cenário político do Brasil. Quem faz esta avaliação é o senador Jorge Viana (PT-AC), também vice-presidente do Senado, que sustenta seu argumento a partir da constatação de que a decisão do Supremo, que também afasta Cunha automaticamente da presidência da Câmara, esvaziou o poder de um de seus principais condutores do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
“A era Cunha chega ao fim. Só em um dos escândalos, Cunha foi acusado de receber R$ 52 milhões da Carioca Engenharia. Na delação premiada do senador Delcídio Amaral, ele foi apontado como ‘menino de recados’ do banqueiro André Esteves”, afirma Viana.
Para ele, o afastamento de Eduardo Cunha ameaça de morte a montagem do governo coordenada por outro líder golpista, o vice-presidente Michel Temer, que teve em Cunha um aliado poderoso até hoje. “Governo Temer pode acabar antes de começar”, vaticinou o senador do PT acriano.