As conquistas e o legado do Partido dos Trabalhadores (PT) na promoção dos direitos das mulheres no Brasil foram temas do Seminário Resistência, Travessia e Esperança nesta segunda-feira, 28, na Câmara dos Deputados. O encontro, coordenado pela deputada federal e coordenadora do Núcleo de Mulheres do PT na Câmara, Erika Kokay (PT/DF), contou com a participação de Dilma Rousseff, dos líderes do PT no Congresso Nacional e de parlamentares que ajudaram a construir políticas públicas feministas.
Erika Kokay abriu o seminário falando sobre a luta pela equidade de gênero no país e sobre o sofrimento dos corpos femininos que recebem as mais intensas consequências da “necropolítica”, que está em curso” no governo de Jair Bolsonaro. Relembrou, ainda, o uso do Disque 100, por Damares Alves, para o negacionismo contra a pandemia da Covid-19.
“Lutar é o que sabemos fazer de melhor”
A ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, falou sobre a violência brutal, a misoginia, a desigualdade nas relações sociais e conceitos de movimentos feministas que precisam estar na linha da frente da construção de políticas públicas no Brasil: gênero, empoderamento e transversalidade.
A situação das mulheres brasileiras tratadas como produto do patriarcalismo, as relações de gênero com base na exclusão das mulheres por qualquer poder foram relembradas por Dilma, que compartilhou a reflexão do casal “violência e poder”, que um não vive sem o outro em um governo misógino.
Paridade no parlamento
Líder do PT na Câmara dos Deputados, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT/MG) reafirmou o compromisso da bancada do partido com a luta por paridade de gênero, e enfatizou a necessidade de paridades na gestão e de governos que promovam mudanças estruturais.
“É uma luta que promove uma grande travessia em um Brasil que permita a igualdade de gênero em todos os espaços de poderes”.
Humberto Costa, líder do PT no Senado, também reforçou – assim como o deputado Reginaldo Lopes – a urgência de paridade e de uma reforma política que iguale as ocupações nos espaços de poder. O senador falou sobre uma viagem que fez com Lula para o México, onde há paridade de gênero tanto na Câmara quanto no Senado.
“Se não conseguirmos resolver essa questão no Brasil, dificilmente construiremos uma sociedade de igualdade de direitos e plena”.