Na passagem pelo estado de Minas Gerais, nessa quarta-feira (21), o ex-presidente Lula reforçou o pedido para que os petistas mantenham a cabeça erguida, mesmo diante das continuadas tentativas de desacreditar tanto ele quanto o Partido dos Trabalhadores.
“Sempre que acham que nos destruíram, que tentam destruir o PT, nós nos reerguemos”, disse, citando a história de resistência e reconstrução que é símbolo dos 38 anos do partido.
O ex-presidente teve uma agenda cheia no Estado, incluindo entrevistas para rádios locais (Itatiaia e Inconfidência) e visitas ao acampamento Maria da Conceição (do MST, na cidade de Itatiaiuçu), onde foi recebido por cerca de duas mil pessoas, e a uma colônia onde vivem 100 hansenianos, no município de Betim. Lula ainda participou de um grande ato, à noite, no Expo Minas, no centro da capital mineira.
A senadora e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), também participou do ato. Segundo ela, a manifestação deixa claro que os petistas continuarão lutando contra a perseguição ao maior presidente da história do País. “Aqueles que são contra Lula estão servindo ao atraso, mesmo que muitas vezes travestidos em um discurso progressista”, disse.
Intervenção política
Tanto nos discursos quanto nas entrevistas, Lula fez duras críticas à intervenção militar no Rio de Janeiro, classificando a ação do governo Temer como um “espetáculo de pirotecnia” com o objetivo de captar eleitores do Jair Bolsonaro, pré-candidato à presidência da República.
Para o ex-presidente, a intervenção é também um espetáculo criado para disfarçar a derrota da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
“O Temer sabe que o que tirou a Reforma da Previdência da pauta não foi ele e nem a intervenção, foi a pesquisa do Datafolha que mostrou que os deputados não iriam votar a aprovacão da Previdência. Eles pensaram em criar outro espetáculo, e então criaram a intervenção no Rio, passando para a sociedade a ideia de que agora os problemas vão acabar. E não vão”, disse Lula, lembrando que o Exército já ficou um ano na favela da Maré e, ao sair, os problemas voltaram.