Traçar um panorama que identifique o número de mulheres e de representantes das diversas raças que trabalham no Senado, assim como a situação laboral de cada grupo. Essa é a proposta apresentada pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) e aprovada nesta quinta-feira (20) pela Mesa Diretora do Senado. A idéia é instalar um Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça que fará um diagnóstico em três etapas.
O primeiro passo será um levantamento do quantitativo de trabalhadores de cada grupo racial entre os servidores efetivos, comissionados, terceirizados, colaboradores e estagiários do Senado e o de mulheres em cada um desses grupos. Em seguida, será elaborada uma ficha com o perfil de cada profissional. “Com essa ficha-perfil nós vamos visualizar a realidade do quadro funcional da Casa e dos colaboradores, como distribuição de cargos por faixa etária, escolaridade, funções, remuneração e formas de acesso e promoção. São essas fichas que vão mostrar se todos recebem o mesmo tratamento e se têm acesso igual às oportunidades profissionais, independentemente de sexo e cor, no Senado”, explicou Marta.
A equidade será analisada em diversos aspectos, como número de cargos ocupados por mulheres e representantes de raças, grau de importância de cada grupo em relação ao posto de trabalho (postos de chefia, valores salariais, tempo para promoção, oportunidades oferecidas).
De posse de todas essas informações, o Comitê – composto de funcionários do Senado – passará para a terceira e última fase de trabalho, que é a elaboração de um Plano de Ação. “Esse Plano de Ação vai incidir na gestão de pessoas e cultura organizacional, interferindo na equidade de gênero e raças”, concluiu a senadora.
Desde que foi eleita para ocupar o cargo de vice-presidente do Senado Federal, a senadora Marta Suplicy tem trabalhado para garantir inovações na gestão da Casa. Foi da senadora a iniciativa de reconhecimento das uniões homoafetivas entre servidores do Senado, a reestruturação do plano de saúde (SIS) e agora, a equidade de gênero e raça, que vai possibilitar a igualdade de tratamento e oportunidades profissionais para todos os servidores.O mesmo projeto deve ser desenvolvido também na Câmara dos Deputados.
Estatísticas- De acordo com o Anuário das Mulheres Brasileiras – produzido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos/2011 (DIEESE) – anos a mais dedicados aos estudos não garantem às mulheres os melhores cargos ou funções dentro de uma empresa, seja ela pública ou privada.
O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, vinculado à Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República tem por objetivo interferir nessa realidade, apoiando e incentivando mudanças nas práticas de gestão das empresas.
Ouça a entrevista da senadora Marta Suplicy
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Eunice Pinheiro