Em decisão definitiva, o Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (7) o projeto que institui a Campanha Junho Verde de conscientização ambiental. O texto (PL 1.070/2021), do senador Jaques Wagner (PT-BA), estabelece que o poder público deverá promover ações sobre importância da conservação dos ecossistemas, do controle da poluição e da degradação dos recursos naturais. O projeto já havia sido aprovado pelo Senado, recebeu ajustes leves na Câmara e, agora, vai à sanção presidencial.
Segundo Jaques, a proposta foi sugerida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a partir de críticas do Papa Francisco à forma como a humanidade trata o meio ambiente. “Não há melhor forma de preservar que não seja educação e conscientização, principalmente para aquelas gerações que serão as mais atingidas, se continuarmos nessa marcha da insensatez de nos relacionarmos de forma predatória com o planeta”, afirmou.
Presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, Jaques Wagner afirmou que a Campanha Junho Verde parte da premissa de que “conscientizar e educar é melhor do que reprimir”. Ao citar como exemplo das mudanças climáticas as fortes chuvas que já causaram mortes e prejuízos em vários estados do país, como aconteceu nos últimos dias em Pernambuco, o senador advertiu: “Se não mudarmos nosso comportamento, em 2050 teremos mais peso em plástico depositado no fundo do mar do que vidas marítimas”.
A proposta aprovada pretende, de acordo com a justificativa da iniciativa, trabalhar mecanismos dentro da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), “como forma de dar escala e visibilidade à agenda ambiental a partir da instituição da Campanha Junho Verde”. As atividades deverão ser promovidas pelos poderes públicos federal, estadual e municipal, em parceria com escolas, universidades, empresas públicas e privadas, igrejas e entidades da sociedade civil.