“A ideia é cobrar do Ministério quais são as providências”, afirmou Pinheiro, após manifestar sua insatisfação com a audiência pública realizada na CCT, há exatamente uma semana, com o mesmo enfoque. Na ocasião, os representantes das operadoras de telefonia alegaram que as prefeituras estariam dificultando a instalação de antenas. Ângela Portela rebateu: “eu acho que pode ser um caso pontual, mas não é uma questão generalizada. Eu acho inconcebível esse tipo de argumento” afirmou.
Ângela criticou justificativas das operadoras |
No último final de semana, em Foz do Iguaçu, a população realizou um “torneio de arremesso de celular”, para registrar sua indignação com a baixa qualidade do sinal. “Está realmente uma tragédia o sinal de celular no Brasil. Fazer por celular a comunicação de dados (internet), então, é pior ainda”, destacou Sérgio Souza.
Os senadores acreditam ser possível realizar a sessão temática no Plenário no dia 24 de outubro. Também podem ser convidados para o debate representantes de órgãos de defesa do consumidor, como o Procon e o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).
Números da telecomunicação
O setor de telecomunicação está entre as áreas da economia que mais crescem no País, concentrando R$ 86 bilhões em investimentos nos últimos quatro anos. Apesar da alta cifra, o histórico quadro de insatisfação da população não dá sinais de reversão.
Segundo o levantamento mais recente divulgado pelo Procon de São Paulo, as empresas de telefonia lideram o ranking de reclamações. A campeã foi a Vivo, com 5.756 reclamações, seguida pelo Itaú, com 3.981. Em terceiro lugar, aparece a Claro, com 3.703 registros.
Catharine Rocha
Foto: Agência Senado