O Senado deve retomar, nesta terça-feira (6), a votação de requerimento de urgência do projeto de lei que libera a Petrobras para vender até 70% do Pré-sal ao capital estrangeiro. Pela proposta, a estatal poderá, sob o governo dos entreguistas, vender as áreas de cessão onerosa da reserva para empresas multinacionais.
João Antônio de Moraes, da direção nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), criticou a medida e afirmou que a venda será “um imenso prejuízo ao povo brasileiro”.
Aprovada em 2010, a lei que estabeleceu a cessão onerosa autorizou a União a ceder para a Petrobras o direito de produzir até 5 bilhões de barris de petróleo em seis grandes áreas do pré-sal na Bacia de Santos. A estatal, por sua vez, repassaria o valor correspondente em forma de ações preferenciais da empresa, como contrapartida.
A entrega das áreas do Pré-sal e o atrelamento do preço dos combustíveis ao mercado internacional – medida começada por Temer e que deve ter continuidade com Jair Bolsonaro – deve levar a uma elevação ainda maior no preços do botijão de gás, fazendo o valor de uma unidade ultrapassar a barreira dos R$ 100, segundo Moraes. Ao fim do governo Dilma Rousseff, o botijão era comercializado por R$ 45, atualmente é vendido por R$ 75 em média.
Para Moraes, é preciso barrar essa votação e por isso é preciso a atuação dos parlamentares “comprometidos com interesses do povo brasileiro”. O diretor acredita que a eleição do novo presidente impulsiona as privatizações.