Brasil

Senador Rogério defende soberania do Brasil e aplicação da Lei da Reciprocidade diante da taxação de Trump

Líder do PT no Senado Federal ressaltou que o Brasil não pode se submeter a imposições unilaterais e que deve usar a legislação aprovada recentemente para defender empregos e a indústria nacional

Daniel Gomes

Senador Rogério defende soberania do Brasil e aplicação da Lei da Reciprocidade diante da taxação de Trump

O líder do PT no Senado Federal, senador Rogério Carvalho (PT-SE), reagiu nesta quinta-feira (10/7) à taxação de 50% sobre produtos importados anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para o parlamentar, a medida representa uma ameaça direta à economia brasileira e exige uma resposta firme por parte do governo federal.

“Essa taxação afeta diretamente a indústria brasileira, sobretudo os setores que exportam produtos industrializados para os Estados Unidos, que hoje representam a maior parcela das nossas exportações industriais para aquele país”, alertou o senador.

Carvalho também destacou que o Brasil importa muitos produtos industrializados dos Estados Unidos e que, diante da elevação de preços, o país deve buscar alternativas. “Haverá uma substituição natural. Não faz sentido continuar abastecendo o mercado nacional com produtos norte-americanos caso os preços aumentem significativamente. Devemos buscar fornecedores na China, na Europa e em outros parceiros comerciais estratégicos”, afirmou.

O líder do PT lembrou que, em abril deste ano, foi sancionada a Lei da Reciprocidade Econômica, que permite ao Brasil adotar medidas contra países ou blocos econômicos que imponham barreiras às exportações brasileiras, seja por meio de sobretaxas, exigências ambientais ou restrições técnicas. “O Congresso já se antecipou a esse tipo de ameaça. O Brasil não pode se curvar ao protecionismo extremo, como esse proposto por Trump. Temos instrumentos legais e políticos para reagir à altura”, reforçou Rogério Carvalho.

Ainda de acordo com ele, a atitude do presidente norte-americano é um retrocesso nas relações internacionais, que prejudica o comércio global e desestabiliza economias emergentes. “O protecionismo desenfreado compromete a estabilidade global e exige que o Brasil esteja preparado para defender sua indústria e sua soberania econômica com responsabilidade e estratégia”, concluiu.

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