Daniel Gomes

Durante entrevista ao programa Conexão GloboNews, na manhã desta quarta-feira (6/8), o senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder do Partido dos Trabalhadores no Senado, fez duras críticas ao que classificou como “uma nova forma de violência política praticada pela extrema direita no Brasil”. Segundo o parlamentar, o país vive uma tentativa contínua de desestabilização das instituições democráticas, que se manifesta agora com novas táticas dentro do Congresso Nacional.
“Estamos submetidos a uma violência. Em 2023, vimos a destruição do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. E agora vemos uma nova violência disfarçada de obstrução”, afirmou o senador.
Para ele, o direito da oposição de obstruir votações precisa respeitar o Regimento Interno, e não pode servir de instrumento para impedir votações de interesse público, como as isenções de imposto de renda para trabalhadores de baixa renda, enfatizando que impedir votações fundamentais para o povo brasileiro é uma agressão. “Isso é uma violência contra o Brasil e contra os brasileiros”, declarou.
“Eduardo Bolsonaro tem atuado contra o Brasil”
Carvalho também voltou suas críticas diretamente ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, segundo ele, atua de forma deliberada contra os interesses nacionais. O senador acusou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro de agir como sabotador da soberania e da economia brasileira. “Eduardo Bolsonaro joga contra o Brasil. Ataca nossa soberania e continua conspirando contra o Estado Democrático de Direito”, disse.
Ele ainda ressaltou que o pedido de aplicação de sanções contra o Brasil por parte do deputado, motivado por vingança pessoal e proteção familiar, é uma atitude entreguista e antipatriótica. “Não podem jogar essa conta no colo do presidente Lula. Essa é uma ação típica de quem sempre sabotou o Brasil quando estava no poder”, reforçou.
O parlamentar destacou, ainda, que nem mesmo os setores mais influentes da política americana concordam com a adoção de tarifas contra o Brasil. De acordo com ele, trata-se de uma manobra perigosa que compromete a imagem histórica dos Estados Unidos como defensores da democracia ocidental.
Defesa da soberania
Ainda durante a entrevista, o líder do PT fez duras críticas à Operação Lava Jato e ao ex-juiz e hoje senador Sérgio Moro. Ele apontou ligações diretas entre a operação e interesses internacionais, especialmente dos Estados Unidos, que, segundo ele, utilizaram a investigação para enfraquecer setores estratégicos do Brasil, como o petróleo e a engenharia nacional. “Nossa indústria foi destruída com apoio de forças externas. E o senador Moro sabe muito bem como os EUA atuam quando seus interesses estão em jogo”, disparou.
O senador recordou, também, os episódios de espionagem envolvendo a Petrobras e os e-mails da então presidenta Dilma Rousseff, classificando tudo como “parte de uma investida contra a soberania nacional”.
Ao defender o ministro Alexandre de Moraes, Carvalho reforçou que a tentativa de impeachment do magistrado é mais uma estratégia para intimidar o Judiciário e apagar os crimes cometidos por golpistas. “O que está em julgamento é uma tentativa de assassinato do presidente da República, do vice e de ministros do STF. Isso não pode ser relativizado”, alertou.
O Brasil venceu o golpismo e seguirá em defesa da democracia
Ao final, o senador celebrou os avanços do governo Lula e reafirmou o compromisso com a democracia e o projeto nacional de desenvolvimento, lembrando que o atual governo já tirou o Brasil do mapa da fome, reduziu o desemprego e retomou o crescimento econômico com responsabilidade social e fiscal.
“O Brasil pertence ao povo brasileiro. E continuará defendendo sua democracia, sua soberania e seu futuro. O país é maior do que a família Bolsonaro e do que qualquer projeto autoritário”, concluiu.