MARCHA DO 1º DE MAIO

Senador Rogério marcha com trabalhadores em Aracaju e defende redução da jornada de trabalho

Em ato com sindicatos e movimentos sociais, líder do PT no Senado reforçou compromisso com a classe trabalhadora, destacando que “é hora de garantir mais tempo para viver com dignidade!”

Janaína Santos

Senador Rogério marcha com trabalhadores em Aracaju e defende redução da jornada de trabalho

Rogério Carvalho participou da grande marcha do Dia do Trabalhador, realizada no bairro Santa Maria, em Aracaju.

Na manhã desta quinta-feira (1º/5), o senador Rogério Carvalho (PT-SE) participou da grande marcha do Dia do Trabalhador, realizada no bairro Santa Maria, em Aracaju. O ato reuniu milhares de pessoas, entre trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais, em defesa dos direitos trabalhistas, da democracia e da valorização de quem move o Brasil: a classe trabalhadora.

Com palavras de ordem, cartazes e bandeiras, o 1º de Maio em Sergipe foi marcado por um forte apelo à ampliação de direitos e ao reconhecimento da importância do trabalho digno. O senador Rogério Carvalho caminhou ao lado das centrais sindicais e reforçou o compromisso com pautas históricas dos movimentos populares, entre elas a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada semanal de trabalho de seis para cinco dias.

“Estamos juntos nessa caminhada do 1º de Maio! E este ano temos uma pauta muito importante, que envolve todos os trabalhadores: os do comércio, os da área de serviços, os entregadores que trabalham com suas motos, os motoristas de aplicativos, os servidores públicos — todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil”, declarou Rogério.

Relator da PEC que propõe a mudança na jornada de trabalho, o senador destacou os impactos da atual rotina sobre a saúde e a vida dos brasileiros. “Você sabe quantos dias de vida as pessoas perdem no transporte público? São muitos dias. As pessoas passam mais tempo se deslocando para o trabalho do que com suas próprias famílias”, afirmou.

Dia do Trabalhador, realizada no bairro Santa Maria, em Aracaju

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Fotos: Janaína Santos

“Aqui em Sergipe, tem gente que leva duas horas para chegar ao trabalho. Em outras cidades, maiores, há quem leve quatro horas só para ir — e depois mais quatro para voltar”, acrescentou.

Para o parlamentar, a jornada de seis dias por um de folga é uma injustiça que precisa ser superada. “A jornada 5 por 2 já é realidade para quem ocupa cargos de chefia, para servidores públicos. Mas não é a realidade para quem trabalha pesado: na limpeza, no balcão do shopping, dirigindo moto, Uber, na indústria. Esses ainda não têm direito a descanso digno”, comentou.

A proposta do senador prevê que a jornada semanal seja reduzida inicialmente para cinco dias com dois de folga, como regra geral. “Não se trata apenas de quatro horas a menos de trabalho. Estamos falando de 12 horas de vida que se recuperam: quatro para ir, quatro para voltar e quatro que seriam de trabalho. É mais tempo para viver com dignidade, com a família, com alegria”, reforçou.

Ao relembrar momentos históricos de avanço nas leis trabalhistas no Brasil, Rogério criticou a narrativa de que a economia não suportaria a mudança. “Diziam que o país ia quebrar quando acabou a escravidão, quando Getúlio Vargas instituiu a jornada de 8 horas, quando a Constituição de 1988 reduziu para 44 horas semanais. E o Brasil cresceu. Agora, ao propormos 40 ou 36 horas, dizem de novo que é impossível. Mas precisamos avançar”, ressaltou.

O senador defendeu, ainda, a mobilização popular como instrumento fundamental para garantir conquistas. “Às vezes perguntam: ‘O que eles estão fazendo na rua?’. Estamos aqui porque, sem essa voz, sem representantes no Congresso que expressem o sentimento do povo, a gente não protege quem não tem acesso aos poderosos”, explicou.

Ao final do ato, Rogério Carvalho fez questão de parabenizar as centrais sindicais e reafirmar seu compromisso com a luta da classe trabalhadora. “Parabéns à CUT, à UGT, a todos os sindicatos presentes. Parabéns pela luta. É com o povo organizado que a gente muda a realidade do país. Viva o 1º de Maio! Viva o fim da jornada 6×1! É 5×2 para começar — e rumo à jornada de 36 horas semanais!”, concluiu.

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