As senadoras e deputadas da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que apura situações de violência contra a mulher querem mais seis meses para as investigações. Elas estão colhendo as assinaturas necessárias — de um terço do Senado e um terço da Câmara dos Deputados — para aumentar o tempo de funcionamento da comissão.
O encerramento dos trabalhos está originalmente previsto para agosto. Caso obtenham todas as assinaturas, a CPI poderá funcionar até o início do ano que vem. A comissão foi instalada em fevereiro. “A prorrogação se faz necessária por causa da enorme quantidade de informações que já recebemos. Temos que analisar todas elas. Além disso, precisamos obter novos dados e fazer audiências em estados que ainda não visitamos”, explicou a senadora Ana Rita (PT-ES), relatora da CPI.
As integrantes da comissão, que é presidida pela deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), estão percorrendo grandes cidades do país para ouvir mulheres sobre casos de violência e autoridades sobre as respostas do poder público. Na próxima sexta-feira, elas estarão em Salvador.
O texto final da CPI apontará as falhas do poder público na proteção das mulheres e poderá, entre outras ações, cobrar ações do governo federal e dos estados, acionar o Ministério Público, propor mudanças na lei e denunciar maus juízes ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Jornal do Senado