O Brasil, apesar de protagonista nas negociações internacionais quando o assunto é meio ambiente, leva para a 23ª edição da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU, COP 23, realizada em Bonn, na Alemanha, uma redução do desmatamento de 16%.
Apesar disso, o País ainda registra altos índices de derrubada de matas nativas: mais de seis mil quilômetros quadrados. Somando-se a isso, o País viu seu índice de poluição aumentar e as emissões de gases de efeito estufa crescerem em 9%. É o sétimo país que mais polui a camada de ozônio. E o primeiro da América Latina.
Para o presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, senador Jorge Viana (PT-AC), a diminuição do desmatamento é positiva, mas ainda há grandes desafios a serem vencidos.
“Foi muito importante a gente parar um ciclo de desmatamento que vinha ocorrendo há quatro anos. Essa redução de 16% foi importante. Teve o esforço dos estados e, claro, é inaceitável que a gente tenha o crescimento do desmatamento na Amazônia brasileira. Mas os desafios do Brasil são enormes: tem redução no orçamento para combate ao desmatamento, tem redução do orçamento para dar suporte às políticas de ciência e tecnologia nas universidades. Isso é um verdadeiro desastre”, criticou.