Já são 1.825 dias que o Brasil quer saber: quem foram os mandantes dos brutais assassinatos da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes? Nesta terça-feira (14), cinco anos após os crimes, senadores e senadoras do PT cobraram respostas e o principal: justiça.
“O país continua sem saber quem foram os mandantes e quais os motivos que levaram ao brutal crime. O Brasil e o mundo precisam saber. A família, os amigos, os companheiros e as companheiras de ativismo esperam justiça. Esperamos que a verdade apareça”, cobrou o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH), Paulo Paim (PT-RS).
O questionamento foi reverberado pelo presidente da Comissão de Assuntos Sociais da Casa (CAS), Humberto Costa (PT-PE). Ele cobra que os mandatários dos assassinatos sejam encontrados e os motivos venham à tona.
“Esse caso precisa ser elucidado. Marielle Franco era uma mulher combativa, guerreira, incansável e sua morte não pode ter sido em vão. Não pode ficar sem resposta. […] É o mínimo que podemos fazer me memória das vítimas. E temos esperança que a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro, chegará às respostas que o Brasil tanto precisa”, afirmou Humberto.
A senadora Augusta Brito (PT-CE), coautora de uma Lei Estadual 17.502/21 que instituiu o Dia Marielle Franco de enfrentamento à violência política de gênero no Ceará, afirmou que é necessário dar um fim na violência política. Esse processo, segundo ela, passa pelo esclarecimento do caso Marielle Franco.
“É hora de dar um fim à violência política contra mulheres e isso passa pela identificação e punição dos responsáveis pela morte dela e de seu motorista, Anderson Gomes”, disse Augusta.
Desde que Marielle e Anderson foram assassinados, a Delegacia de Homicídios da Capital, o Ministério Público do Rio e, desde fevereiro, a Polícia Federal tentam desvendar o crime.
Até o momento, foram presos o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz. O julgamento de ambos ainda não tem data definida.
Dia de Marielle
O presidente Lula quer urgência na votação do projeto que cria o “Dia Nacional Marielle Franco de Enfrentamento a Violência Política de Gênero e Raça”. A data proposta é 14 de março.
O objetivo é “conscientizar a sociedade a respeito das violências sofridas pelas mulheres no ambiente político, em especial, mulheres negras”.
“Que a memória de Marielle, mulher negra, nascida na favela, vereadora em defesa dos direitos de todas as pessoas, nos inspire no combate às desigualdades. O nosso luto se transformou em luta e, assim, vamos seguir em busca de respostas e de justiça! Marielle vive”, disse o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, no Twitter.
Confira abaixo outras manifestações do PT no Senado:
Teresa Leitão
Hoje o Brasil completa cinco anos com uma pergunta sem resposta: Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes?
O presidente Lula encaminhou ao Congresso texto de PL que cria o Dia Nacional Marielle Franco em 14 de março, data do assassinato.
Marielle, presente! pic.twitter.com/kfY1IqJcYW
— Teresa Leitão ⭐ Senadora (@teresaleitao_) March 14, 2023
Augusta Brito
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Rogério Carvalho
5 anos do crime que chocou o Brasil. E a pergunta permanece: Quem mandou matar Marielle e Anderson? Que este dia 14 de março seja sempre lembrado para lutarmos contra a Violência Política de Gênero e Raça. #DiaNacionalMarielleFranco
— Rogério Carvalho 🇧🇷 1️⃣3️⃣ (@SenadorRogerio) March 14, 2023
Humberto Costa
Marielle, presente! ✊❤️ pic.twitter.com/KhSpCUsPRK
— Humberto Costa (@senadorhumberto) March 14, 2023
Jaques Wagner
Que a memória de Marielle, mulher negra, nascida na favela, vereadora em defesa dos direitos de todas as pessoas, nos inspire no combate às desigualdades. O nosso luto se transformou em luta e, assim, vamos seguir em busca de respostas e de justiça! Marielle vive!
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) March 14, 2023