Lula, Jaques Wagner, Bernie Sanders e comitiva nos Estados Unidos
Foto: Ricardo Stuckert
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos, com uma comitiva enxuta escolhida a dedo, gerou uma quantidade de resultados e frentes de parceria inversamente proporcional ao período da viagem. Foi apenas um dia de agenda, nesta sexta-feira (10), mas um amplo leque de assuntos tratados com o presidente Joe Biden e com o senador Bernie Sanders — defesa da democracia, proteção da Amazônia, combate à fome, combate ao racismo e paz mundial.
O PT no Senado esteve representado pelo líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), que destacou o encontro com seu colega estadunidense Sanders, um dos principais expoentes da esquerda no país. “Encontramos hoje o senador Bernie Sanders, aqui nos Estados Unidos. Em pauta, o fortalecimento das instituições democráticas no no Brasil e no mundo”, registrou Jaques.
Nas redes sociais, Sanders relatou o prazer em receber Lula e a comitiva, juntamente com outros parlamentares do Partido Democrata. “Discutimos a importância da defesa da democracia, de avanços nos direitos trabalhistas e no aumento da cooperação pelo meio ambiente e o clima ao redor do mundo”, escreveu.
O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou a capacidade de Lula para aglutinar forças de todo o planeta em defesa da paz e pelo fim da guerra da Rússia contra a Ucrânia. “O Brasil voltou”, celebrou. “Nas últimas horas, Lula apresentou plano de paz na Ucrânia aos Estados Unidos. Líder da França apoia iniciativa e declara que seu país e Alemanha estão dispostos a dialogar”, disse.
“O tempo em que o presidente do Brasil era ignorado e ignorava as lideranças mundiais e preferia comer pizza na calçada acabou. Lula agora trabalha pela paz mundial”, completou Humberto, em referência à mediocridade do ex-presidente Bolsonaro e sua política externa de isolamento.
Os resultados da viagem também foram realçados pela senadora Augusta Brito (PT-CE). “Presidente Lula sendo recebido por Joe Biden nos Estados Unidos”, escreveu, sob imagem do encontro dos dois estadistas. “Quando voltar, trará na bagagem o respeito do mundo como protagonista mundial e as primeiras conversas sobre acordos para proteger a Amazônia e retomar o desenvolvimento brasileiro”, disse.
Humberto Costa ressaltou também trecho de entrevista exclusiva de Lula à âncora da CNN Christiane Amanpour. “Em entrevista à CNN nos EUA, Lula reafirma, para o mundo inteiro ouvir, o seu compromisso com a vida do povo brasileiro”, disse o senador sob vídeo em que Lula responde a uma pergunta sobre sua disposição em relação à idade.
“A velhice só exista para quem não tem uma causa. Tenho 77 anos, mas energia de 30, disposição de trabalhar 24 horas por dia porque tenho uma causa, que é o povo brasileiro. Preciso melhorar a vida dele, mostrar que ele pode comer três vezes ao dia. Nós tínhamos acabado com a fome no Brasil e agora tem 33 milhões de pessoas passando fome, num país que é o terceiro maior produtor de alimento no mundo e o maior produtor de proteína animal do planeta. Como é que se explica as pessoas ficarem com fome? Então, outra vez vamos acabar com a fome no país, outra vez vamos fazer com que economia brasileira volte a crescer e outra vez vamos voltar a gerar emprego, porque é isso o que eu quero para o Brasil”, disse Lula.
Em artigo publicado na revista Carta Capital, o líder Jaques Wagner resume o novo momento do Brasil no cenário internacional. “Temos novamente um governo que atuará a partir de um pacto pelo desenvolvimento e pela vida das pessoas e do planeta, conciliando crescimento econômico, sustentabilidade ambiental e justiça social”, afirmou. E conclui: “A verdade é que após um longo período em que o Brasil se transformou numa espécie de pária mundial, o nosso país agora volta a assumir o lugar que lhe cabe: o de uma Nação respeitada e admirada internacionalmente, liderada por um presidente comprometido em governar para todos os brasileiros e brasileiras”.
Leia aqui nota conjunta sobre o encontro divulgada na noite desta sexta-feira (10) pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
