Senadores do PT prestaram solidariedade às famílias das crianças vítimas de um atentado na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), nesta quarta-feira (5). Um homem invadiu o local e matou quatro crianças, além de ferir outras três.
A Polícia Civil informou que o autor do atentado foi preso após se entregar na central de plantão policial da região.
“Como pai de duas crianças, não consigo dimensionar a perda das famílias das vítimas, no atentado covarde de hoje cedo a uma creche. Registro meu pesar e solidariedade aos atingidos e peço a Deus que conforte seus corações”, afirmou o líder do PT no Senado, Fabiano Contarato.
Ele pediu ainda que, embora o caso ainda esteja na fase de investigação, é preciso debater a fundo o papel das redes sociais no tema.
“Como legisladores, devemos refletir sobre a espiral de violência e radicalização por trás de episódios como Suzano, Aracruz, Vila Sônia e Blumenau, que têm se tornado uma constante. Embora ainda pendentes as investigações, mais que discutir as medidas criminais aplicáveis, é urgente debater a fundo o papel das redes sociais e dos seus algoritmos de recomendação nessa equação trágica”, apontou.
Outro a pedir ações foi o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, afim de garantir a segurança dos jovens e professores. “Um ato absurdo e inaceitável, que exige da sociedade e do poder público reflexões e medidas urgentes para prevenir riscos e proteger nossas crianças e docentes”, colocou o parlamentar.
O senador Paulo Paim (PT-RS) cobrou que o crime não pode passar impune. “O assassino está preso e precisa ser julgado dentro da lei”, disse.
Para evitar a disseminação de notícias falsas e de pânico, as autoridades pediram à população que evite se informar pelas redes sociais. Segundo informações da Agência Brasil, o pedido se deve ao fato de boatos estarem sendo espalhados sobre atentados em outras escolas – o que não tem confirmação até o momento.
Para o senador Humberto Costa (PT-PE), é preciso investir em uma cultura de paz e respeito para impedir casos bárbaros como o de hoje.
“Hoje choramos por mais crime chocante, provocado pelo ódio, intolerância e preconceito. Mais do que nunca é preciso investir na cultura de paz e respeito. Meu carinho e a minha solidariedade as todas as famílias das vítimas do ataque em Blumenau”, lamentou o parlamentar.
Na mesma linha, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que é preciso agir de forma conjunta para superar o problema da violência.
“Muito triste e estarrecedor o atentado em uma creche de Blumenau, com a trágica perda de 4 crianças inocentes. Meus sentimentos e orações às famílias e a todos afetados por este terrível acontecimento. Que possamos trabalhar, juntos, por um mundo com mais paz e solidariedade”, colocou o senador.
Já o senador Beto Faro (PT-PA) disse estar à “disposição para contribuir com o amparo na educação e segurança do nosso país, a fim de que tais episódios não retornem”.
Crime perverso
A senadora Augusta Brito (PT-CE) destacou que acompanha os desdobramentos da tragédia que chocou o país. “Acompanho com tristeza o desenrolar da tragédia na creche, em Santa Catarina, em que quatro crianças foram vítimas de um crime perverso e brutal. Minha solidariedade às famílias enlutadas e orações neste momento de dor”.
Outra a se manifestar foi a senadora Teresa Leitão (PT-PE), que condenou o atentado. “Minha solidariedade às famílias das crianças da creche de Blumenau que foram vítimas de um ataque covarde hoje pela manhã. Vivemos um clima de terror que precisa ser condenado com veemência”.
O presidente Lula disse que não há dor maior do que a perda de filhos e netos. “Ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor”.
Ele classificou o caso como um “ato absurdo de ódio” e inaceitável: “Para qualquer ser humano que tenha o sentimento cristão, uma tragédia como essa é inaceitável, um comportamento, um ato absurdo de ódio e covardia como esse”.
Medidas do governo
No mesmo dia, por determinação do presidente Lula, o governo federal anunciou ações para tratar do tema. O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), anunciou um decreto interministerial que institui grupo para debater medidas preventivas de combate à violência no ambiente escolar. Os trabalhos serão coordenados pelo MEC.
Já o titular da pasta da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou que o ministério vai vai oferecer apoio financeiro às Rondas Escolares (ou similares) das polícias estaduais ou guardas municipais. O primeiro edital sairá na próxima semana, com o valor de R$ 150 milhões.