Senadores prestam homenagem ao Barão do Rio Branco

Para Jorge Viana, o Barão sempre se comportou como se tivesse absoluta consciência de que o Brasil estava destinado a liderar, mais cedo ou mais tarde, não só a América Latina, mas também, o cenário internacional.

Senadores prestam homenagem ao Barão do Rio Branco

Em sessão comemorativa realizada nesta segunda-feira (05/03), por solicitação do senador Jorge Viana (PT-AC), o Senado homenageou José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, cuja morte completa cem anos em 2012.

Em seu discurso, Viana destacou que o Barão sempre se comportou como se tivesse absoluta consciência de que o Brasil estava destinado a liderar, mais cedo ou mais tarde, não só a América Latina, mas também, em grande medida, o cenário internacional, fato que salientou como evidente na atualidade.

“O Brasil, desde a atuação do Barão, consolidou sua política externa pelo compromisso de não ingerência nas questões internas dos países vizinhos. Rio Branco foi também inovador ao implementar uma política de consolidação do prestígio brasileiro no cenário internacional. E com isso tornou o Itamaraty uma das principais instituições de Estado e motivo de orgulho até hoje para todos nós brasileiros”, disse.

O senador Aníbal Diniz (PT-AC), se referiu ao Barão do Rio Branco como “um dos estadistas mais reverenciados pelo povo brasileiro”. Diniz também lembrou que o Barão do Rio Branco foi jornalista, promotor e historiador, mas, sobretudo, foi ele que fixou boa parte das fronteiras terrestres do país e quem também lançou as bases de uma nova política internacional, ainda hoje, adotadas pelo Ministério das Relações Exteriores.

Os senadores também destacaram a atuação do Barão do Rio Branco na questão da Revolução Acreana. Segundo Jorge Viana, a borracha era importante para a revolução industrial no início do Século XX e, a tentativa do Bolivian Syndicate, de assumir o controle do território acreano, sob a benção do governo norte-americano, era “uma ameaça concreta e contundente à soberania brasileira na Amazônia”, enfatizou, destacando ainda que a questão acreana foi um “desafio fora do comum” para o Barão.

“De todos os entendimentos promovidos por Rio Branco, esse foi o único em que houve uma expansão territorial. Nos demais, o Brasil empenhara-se apenas pelo reconhecimento de direitos legítimos, decorrentes de motivos históricos e jurídicos. Essa foi também a única ampliação territorial do Brasil como nação independente”, destacou Viana ao citar trecho de artigo de autoria do Embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa.

História
Barão do Rio Branco (1845-1912) foi diplomata, advogado, geógrafo e historiador brasileiro. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife. Foi Ministro das Relações Exteriores durante os mandatos dos presidentes Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca. Foi promotor público em Nova Friburgo e deputado por Mato Grosso, ainda na época do Império. Foi Cônsul Geral do Brasil em Liverpool. Resolveu questões de fronteiras entre o Amapá e a Guiana Francesa, entre Santa Catarina e Paraná contra a Argentina e entre o Acre e a Bolívia. Foi o segundo ocupante da Cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras.

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