Às 15h43 minutos desta terça-feira (08/05) começou a sessão secreta da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o esquema Cachoeira que está ouvindo o depoimento de Raul Alexandre Marques Souza, delegado da Polícia Federal responsável pela Operação Vegas. Por decisão da maioria dos integrantes da CPMI, esse e os outros depoimentos marcados para esta quinta-feira (10/05) serão fechados. Ou seja, apenas senadores e deputados integrantes da Comissão e alguns assessores designados por eles poderão acompanhar a sessão.
A operação Vegas, comandada por Marques Souza, desvendou um esquema de exploração de caça-níqueis e contratos públicos comandado por Cachoeira.
A decisão sobre se as oitivas de delegados e procuradores responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo seriam públicas ou secretas gerou um bate-boca entre os parlamentares que integram a CPMI. De um lado, os que defendiam o fechamento da sessão, como o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) argumentavam que o segredo era necessário para proteger os depoentes e para evitar que os investigados tivessem munição para se defender em seus depoimentos.
Na outra ponta, o argumento de quem defendia sessão aberta era de que não há sigilo quando tantos personagens estão envolvidos. “O próprio delegado não pediu sigilo algum e, de todo modo, tudo o que acontecer aqui vai vazar mesmo”, ironizou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
Na quinta-feira (10/05), a comissão ouve o também delegado da PF Mateus Rodrigues e os procuradores do Ministério Público Daniel Salgado e Lea Batista de Oliveira. O delegado e os procuradores comandaram as investigações da Operação Monte Carlo, que investigou o esquema de exploração de caça-níqueis em Goiás.
Na próxima terça-feira (15/05), será ouvido o próprio Cachoeira, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Giselle Chassot