A receita líquida do setor de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (IBSS) deverá apresentar crescimento de cerca de R$ 71 bilhões neste ano se mantiver a taxa apurada de 2003 a 2009 (8,2% ao ano), de acordo com o estudo “Software e Serviços de TI: a Indústria Brasileira em Perspectiva”, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A publicação confirma a tendência de crescimento dessa indústria, nos últimos anos, em taxas superiores às do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Esses estudos são cruciais para saber qual é a situação das empresas, movimentar e organizar políticas em função dessas realidades”, diz o ministro do MCTI, Marco Antonio Raupp.
A projeção é de que o setor encerre este ano com um contingente de 600 mil trabalhadores, após registrar crescimento médio superior a 10% em 2011. Seguindo essa tendência, o número de empresas do setor também cresceu, em média, 4% ao ano, devendo fechar 2012 com um total de 73 mil.
Para o ministro, a indústria de informática tem um caráter estratégico e de inovação nessa área, que possui interface com outros setores da economia.
Novas políticas
Em agosto, o MCTI planeja lançar um Programa Estratégico de Software e Serviços de TI. “O objetivo é incrementar a indústria de TI no Brasil. Nós queremos dar um grande impulso na indústria de software”, afirmou o ministro. De acordo com o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida, os dados quantitativos do estudo são importantes para o estabelecimento de novas políticas públicas. “É também uma fonte de informações para que as empresas se planejem para o futuro”, afirmou. Para ele, há necessidade de manutenção de investimentos na formação de mão de obra. O estudo apontou que o mercado de Tecnologia da Informação enfrenta um gargalo por conta da falta de mão de obra qualificada e pode perder receita, caso se confirme um déficit de 280 mil profissionais desse setor no País até 2020.
A publicação usou uma metodologia exclusiva, tabelas especiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e padrões internacionais de classificação, o que permite comparar os dados nacionais com os de outros países que empregam o mesmo sistema de classificação. A periodicidade do levantamento de dados pelas fontes garantiu também a criação de séries históricas.
Em Questão Secom
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