A razão da visita a Lula do estadunidense Richard Trumka e do espanhol Pepe Alvarez, líderes das maiores centrais sindicais de seus países, por si só já serviria para confirmar a crescente onda de apoio internacional ao ex-presidente: ambos entregaram ao companheiro brasileiro o prêmio George Meany-Lane Kirkland de Direitos Humanos por seu imenso legado deixado à classe trabalhadora do Brasil.
Mas a honraria, criada pela Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), não foi a única demonstração de que a bandeira Lula Livre tem se propagado de maneira irreversível pelos quatro cantos do mundo. “Quando escolhemos entregar o prêmio a Lula, ele foi aceito de maneira unânime por todos. É uma honra poder lhe entregar uma honraria em nome dos 56 sindicatos que, juntos, representam mais de 12,5 milhões de trabalhadores dos EUA”, orgulha-se Trumka, presidente da AFL-CIO.
Entusiasmado com a visita, o sindicalista contou também um pouco do teor da conversa que teve com Lula e saiu de lá com três metas definidas:
“Decidimos fazer três coisas em conjunto: pressionar a ONU a tomar uma decisão sobre o caso, também iremos ao Departamento de Justiça dos EUA para exigir explicações sobre o conluio armado por Sergio Moro contra o Lula e, por fim, pressionar para que haja um julgamento justo no STF e, assim, trazer a democracia de volta ao Brasil”.