Academias das Cidades custam menos que leito de UTI

O Ministério da Saúde defende a inclusão no piso constitucional da Saúde de despesas com construção e manutenção das academias da saúde e com a reestruturação dos hospitais universitários. Estes hospitais são ligados juridicamente às universidades federais e são de responsabilidade do Ministério da Educação. O titular da Secretaria Nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, afirma que a pasta está “apostando muito” no programa das academias da saúde como forma de prevenir doenças crônicas, como problemas cardiovasculares, hipertensão e diabetes.

“Partimos de diversas experiências municipais com as chamadas academias das cidades no Recife, em Belo Horizonte e em Maringá, entre outras, e os resultados são muito positivos. É um programa em que estamos apostando muito”, disse o secretário, destacando a importância da atividade física e do controle de peso no tratamento de hipertensão e diabetes, por exemplo. O programa Academia das Cidades foi criado em 2002 pelo então secretário de Saúde do Recife, hoje senador Humberto Costa, e depois foi copiado por diversos municípios e estados brasileiros. Neste ano, ele foi nacionalizado pelo governo Dilma, recebendo o nome Academia da Saúde. A previsão é que em quatro anos sejam construídas pelos menos quatro mil unidades em todo o País.

O Ministério da Saúde já recebeu cerca de sete mil projetos de prefeituras para a construção das academias e pretende priorizar regiões de pobreza e municípios com menos recursos. Além da presença de nutricionistas (o que proporciona uma melhor comunicação nutricional), as academias funcionarão integradas com as Unidades Básicas de Saúde dos municípios, que vão selecionar hipertensos para serem atendidos. Pelos cálculos iniciais, o funcionamento de cada academia, depois de concluída, custará R$ 3 mil por mês ao Ministério da Saúde, valor equivalente ao preço de um leito de UTI. “Em relação ao que se gasta com um doente crônico, é uma diferença monstruosa. É uma forma de bem usar o dinheiro público”, assegura Helvécio Magalhães.

Os recursos para esse programa estão sendo repassados pelo sistema fundo a fundo, ou seja, diretamente às prefeituras que encaminham projetos à pasta, os quais, depois de aprovados, são acompanhados por meio de relatórios. No caso das academias da saúde, estão sendo repassados R$ 150 mil por unidade para a construção desses espaços, e o funcionamento é autorizado mediante vistoria in loco.

Fonte: Agência O Globo.

Foto: Sérgio Figueirêdo.

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