Ângela: “Ao tributar o chamado ‘andar de cima’, o Governo Federal assegura que o esforço e o sacrifício não sejam exclusividade dos trabalhadores”A senadora Ângela Portela (PT-RR) defendeu em plenário, nesta quarta-feira (19), o projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento das empresas e aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta de 56 setores da economia (PLC 57/2015). Ela explicou que, até o ano passado a desoneração foi essencial para preservar milhões de emprego e assegurar o nível de consumo da população. “Infelizmente, a crise demorou mais do que o previsto pelos agentes econômicos, o que tornou inevitável uma correção de rumos, um ajuste, que, apesar de doloroso, tornou-se a única saída para que as conquistas do nosso povo não se percam no caminho”, esclareceu.
Rever a desoneração, segundo ela, é fundamental para o reequilíbrio das contas públicas. “Bem sabemos o quanto é difícil uma época de ajustes, de arrumação da casa, com muito sacrifício e determinação. Ao mesmo tempo, no entanto, temos absoluta certeza da necessidade de apertar o cinto agora, para que os tempos de bonança retornem com força”, defendeu.
O equilíbrio das contas da Previdência, segundo a parlamentar, passa pela aprovação do PLC 57 já que prevê a cobrança maior para “aqueles que podem pagar mais” – ou seja, os empresários. “Ao tributar o chamado andar de cima, o Governo Federal assegura que o esforço e o sacrifício, tão necessários neste momento de ajuste, não sejam exclusividade dos trabalhadores, mas contem com a colaboração importante e maciça do empresariado nacional”, argumentou.
Para ela, a aprovação deve acontecer ainda na sessão desta quarta-feira. “É a última medida do ajuste fiscal, cuja aprovação nos permitirá virar esta difícil página”, concluiu.
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