Campanha de ódio contra Dilma busca esconder casos de corrupção do PSDB

Segundo Donizeti, PT é o partido que mais combate a corrupçãoAs denúncias de corrupção contra a Petrobras não são de hoje. Em 1997, durante a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso, o falecido jornalista Paulo Francis denunciou esquemas escusos na estatal. Mas, ao invés das acusações serem investigadas, o profissional foi sufocado por processos movidos por diretores da empresa, então presidida por João Rennó. Diferentemente daquele período, os desvios identificados atualmente são devidamente apurados. As descobertas, ao invés de denotarem transparência, transformaram-se em uma campanha de ódio contra o governo. Para o senador Donizeti Nogueira (PT-TO), essas manifestações exasperadas refletem o medo de que os casos tucanos venham à tona.

“A campanha de ódio que se tem travado contra o governo da presidenta Dilma não busca nada mais do que tentar inflar determinados fatos, objetivando esconder os casos de corrupção do PSDB nos oito anos em que esteve à frente do governo do País”, disse o senador.

De acordo com o parlamentar, se ao invés de processar Francis as denúncias tivessem sido apuradas, a situação da estatal poderia ser completamente diferente hoje.

Outro escândalo que a oposição também quer esconder, segundo Donizeti, é o do chamado trensalão tucano, cujas investigações mostram que foram fraudadas licitações para aquisição de trens entre 1998 e 2008, e cujos desvios chegam a, pelo menos, R$834 milhões. Ao todo, foram indiciadas 33 pessoas por crimes de corrupção ativa e passiva, formação de cartel, crime licitatório, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O inquérito foi aberto em 2008, mas somente em 2013 avançou, depois da delação premiada feita pela Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em que admitiu participar de um conluio com outras empresas do setor de trens para fraudar licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de 1998 a 2008. De acordo com a Siemens e a Alstom, o esquema de pagamentos de propinas tinha a finalidade de favorecer as empresas estrangeiras em licitações, além de financiar o caixa dois de partidos políticos, no período.

Everton Rheinheimer, um dos seis ex-funcionários da Siemens que assinaram o acordo com o Cade, afirmou ter em seu poder uma série documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção do PSDB paulista. Os contratos do Metrô e da CPTM sob suspeição já somam pelo menos R$11,2 bilhões, em valores corrigidos pelo IGP-DI.

“Procuro evidenciar a clara tentativa de certos setores da oposição que, na ânsia de atacar e destruir o governo da Presidenta Dilma e do PT,  se esquecem de olhar para seu próprio quintal e tentam jogar para debaixo do tapete toda a sujeira produzida durante anos nos governos de São Paulo”, denunciou Donizeti.

Ainda de acordo com o parlamentar, o PT é o partido que mais combate a corrupção. “As investigações saltaram de seis para 250 por ano, totalizando 2.226 operações especiais durante os governos Dilma e Lula, graças à independência dos órgãos fiscalizadores”, destacou.

Carlos Mota

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