Quando o Governo alterou as regras para correção das cadernetas de poupança, no dia 03 de maio do ano passado, os pessimistas bradaram que haveria uma corrida dos poupadores para resgatarem seus recursos. Para eles, o investimento deixaria de ser atrativo e isso acabaria gerando uma queda vertiginosa nos depósitos que desembocaria em colapso do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), bancado, em grande parte, pelos recursos das cadernetas. Quase um ano depois, a “profecia” virou do avesso. O Banco Central acaba de anunciar que a poupança registrou, em fevereiro, seu melhor resultado desde fevereiro de 1995.
A captação líquida (diferença entre os depósitos e os saques) foi de R$ 2,32 bilhões no mês passado. O resultado mostra, sem qualquer possibilidade de contestação, que a poupança continua sendo um investimento importante e atrativo.
Nos primeiros dois meses do ano, a captação líquida da poupança – depósitos menos retiradas – atingiu R$ 4,62 bilhões e também é recorde de acordo com a série histórica da autoridade monetária iniciada em 1995, superando o melhor resultado anterior atingido em 1997 de R$ 4,25 bilhões.
O rendimento da aplicação mais tradicional do País está atrelada à variação da taxa básica de juros desde maio de 2012. Quando a Selic (taxa básica de juros da economia) é igual ou inferior a 8,50 por cento ao ano, a poupança oferece remuneração de 70% desse valor mais a Taxa Referencial (TR). Acima desse patamar de juros, o rendimento volta a ser o antigo, de 0,50 por cento ao mês mais TR. Com a Selic em 7,25% ao ano, isso equivale a rendimento de 5,075% ao ano ou 0,4134% ao mês. Mesmo que a Selic mude ao longo do período mensal considerado, a taxa aplicável é a que estava valendo na data do depósito, ou seja, a do início do período. Para depósitos anteriores a 3 de maio de
Ou seja, embora com remuneração menor, a poupança ainda continua atraente para o investidor porque é isenta de tributos, não sofre a incidência de taxas de administração e é uma aplicação considerada segura, de fácil movimentação e operação simples, capaz de ser compreendida por qualquer cidadão.
De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a rentabilidade da nova poupança ganha de todos os fundos de renda fixa com taxa de administração a partir de 2% ao ano, independentemente do prazo para resgate dos recursos
Giselle Chassot, com informações das agências de notícias
Veja o relatório divulgado pelo BC
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