Carro que gastar menos combustível terá menos incentivo fiscal

Os automóveis brasileiros terão que se adaptar a uma nova realidade: para ganhar mais incentivos fiscais, terão que conseguir rodar mais com menos combustível. Nesta quinta-feira (04/10), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, disse que a indústria automotiva nacional terá que reduzir o número de quilômetros que os carros conseguem fazer com cada litro de combustível. O objetivo é chegar a 2016 (o valor será medido em 2017) com consumo de 17,26 quilômetros por litro no caso dos carros movidos a gasolina e 11,96 quilômetros por litro para carros que usam  etanol (álcool). Hoje, essas relações são de 14 km/l e 9,71 km/l, respectivamente.

As metas estão previstas no novo regime automotivo brasileiro, que vai vigorar entre 2013 e 2017 e tem por objetivo promover o desenvolvimento de uma indústria automotiva capaz de desenvolver carros melhores, mais eficientes, modernos, com menos emissão de carbono, e a preços mais baixos. “Essa é a meta da Europa em 2015. Vamos exigir a mesma coisa com um ano de diferença. É bastante compatível com o esforço que a indústria está fazendo para se adequar ao padrão internacional. O carro, com esta meta, vai significar uma economia de combustível anual de R$ 1.150. Com etanol, a economia é um pouco menor. É uma economia significativa, de cerca de três quartos (3/4) do IPVA pago na média do país”, afirmou ele.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, informou que os fabricantes de veículos que atenderem aos requisitos do novo regime automotivo, o Inovar Auto, anunciado nesta quinta-feira (04/10), não terão o Imposto Sobre Produtos Industriais (IPI) elevado em 30 pontos percentuais – medida que foi tomada no ano passado para empresas sem um nível mínimo de peças e partes fabricadas no Brasil.

O ministro explicou que haverá um desconto a mais de até dois pontos percentuais no IPI para as empresas que realizarem investimentos em inovação, engenharia de produção e componentes industriais.

“Vamos oferecer incentivo para as empresas que alcançarem metas de eficiência energética, acordadas com o setor produtivo. Elas poderão ter redução do IPI além dos 30 pontos percentuais. Serão até 2 pontos percentuais a mais, além dos 30 pontos percentuais. O IPI médio é em torno de 10%, 11% atualmente, para as fábricas que estão aqui. Ele pode cai para 8%”, declarou Pimentel.

Mantega
“Estamos lançando o novo regime automotivo, cujo objetivo é dar um impulso forte para a indústria automobilística brasileira. Já temos uma das mais importantes do mundo. Com esse regime, esperamos ocupar um espaço ainda maior nos próximos cinco anos. É um programa que estimula os investimentos da indústria. É uma das que mais investem no Brasil e queremos que continue aumentando investimentos”, declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o anúncio.

Com informações do MDIC e das agências de notícias

Veja a apresentação completa do novo regime automotivo

Mantega: Governo quer preços menores e carros mais modernos

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