Carta Maior traz voo que poderia estar causando temor em Gilmar

Site veicula desde ontem trechos da degravação de integrante da quadrilha de Cachoeira providenciando jatinho para Demóstenes e “Gilmar”

Site veicula desde ontem trechos da degravação de integrante da quadrilha de Cachoeira providenciando jatinho para Demóstenes e “Gilmar”
 

Um mês após encontro no escritório do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim entre o ex-presidente Lula e o ministro do STF Gilmar Mendes, a matéria da revista Veja “Um ex defende seu legado” do último fim de semana brinda seus leitores com uma denúncia-desabafo exposta por Gilmar Mendes: numa conversa reservada, Lula teria pedido para o ex-presidente do STF postergar o julgamento do Caso Mensalão e ‘inferiu’ que Lula oferecia a ele proteção na CMPI do Cachoeira. Embora Lula tenha divulgado nota em que diz que são ‘inverídicas’ as informações veiculadas pela  revista, coube ao site Carta Maior apresentar ao grande público, em sua plenitude, o verdadeiro – e escandaloso – motivo da reação de Gilmar na Veja e em sites como o Consultor Jurídico, uma espécie de blindagem. 

Desde a noite desta segunda-feira (28/05), o site Carta Maior traz a reportagem “Cachoeira arrumou avião para Demóstenes e Gilmar”, assinada por Najla Passos e Vinícius Mansur, reproduzindo escutas telefônicas legais feitas pela Polícia Federal no âmbito das investigações da Operação Monte Carlo. Na degravação apresentada, o contraventor Carlinhos Cachoeira, no dia 23 de abril do ano passado, providencia um avião modelo King Air para transportar suas excelências – o senador Demóstenes Torres e o ministro Gilmar Mendes.  Ambos tinham acabado de chegar juntos da Alemanha  e queriam sair de São Paulo em direção a Brasília. Demóstenes, então, pede ajuda ao ex-vereador do PSDB de Goiânia, Wladimir Garcez, um dos integrantes da quadrilha de Cachoeira que se encontra preso, para que seja providenciado um jatinho para vossas excelências. Garcez, então conversa com Cachoeira para atender o “professor” (Demóstenes Torres), que se encontrava em companhia de um certo “Gilmar”.

Cachoeira atende prontamente e autoriza a viagem, antes mesmo de conversar com o dono do avião – o suplente de senador, Ataídes de Oliveira (PSDB-TO). Ataídes de Oliveira também está na mira das investigações da CPMI.

Às 2014, Garcez liga para Cachoeira novamente, informando que providenciou “o avião de Rossini e se dá o seguinte diálogo:

Cachoeira: Qual é o avião do Rossini?

Wladimir: É um jatinho né?, ele tem um que é um jatinho que ele falou, um King Air.

Cachoeira: A, um pequeno né?

Wladimir: é… aí eu peguei falei com ele, ele falou não, não preocupa não que eu organizo. Porque tá vindo ele e o Gilmar né, porque não vai achar voo, sabe.

No dia 25, às 12:10, Wladimir diz ao bicheiro que o senador já chegou.

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