??Desmatamento na Amazônia cai pela metade em dois meses

Os dados de março e abril comparados a 2012 mostram que a degradação atingiu área de quase 175 km² neste ano, enquanto, no ano passado, detectou-se 292 km².


O Mato Grosso manteve a posição de estado que
mais derruba árvores na região, seguido de
Rondônia, Amazonas e Roraima

A taxa de desmatamento da Amazônia Legal continua registrando os menores níveis históricos. Nessa segunda-feira (06), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que a degradação da floresta caiu mais da metade entre março e abril de 2013, em comparação com o mesmo período do ano passado. A degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) de área verde atingiram uma área de quase 175 km² neste ano, enquanto, em 2012, detectou-se 292 km². Os dados foram registrados pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter).

 

A redução, segundo técnicos do Governo, se deve a um esforço de integração entre as informações nacionais e estaduais. Os relatórios mensais completos estão disponíveis na página www.obt.inpe.br/deter. O Deter utiliza imagens do sensor Modis do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. “Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência de nuvens”, informou o Inpe, por meio de nota.

 

A limitação meteorológica e a resolução relativa de captação de imagens (de 250 metros, permitindo captar apenas áreas maiores que 25 hectares), são compensadas pelas informações repassadas aos órgãos de fiscalização, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

 

Maior desmatador

Mato Grosso manteve a posição de estado que mais derruba árvores na região, com 83,57 km² de devastação nos dois meses analisados, e responde por 47% do total, seguido de Rondônia, Amazonas e Roraima.

 

A Amazônia Legal abrange os estados da região Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão.

 

Taxa anual

Para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o Inpe utiliza o Prodes (www.obt.inpe.br/prodes), que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também as pequenas áreas.

 

O Brasil registrou, no último levantamento divulgado, a menor taxa de desmatamento da história, entre agosto de 2011 e julho de 2012, em comparação ao ano anterior. Com a melhora em seu desempenho, o Brasil já conseguiu atingir cerca de 95% de sua meta referente à redução do desmatamento na Amazônia, assumida em 2009, durante a COP15 (Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas de 2009). O país prometeu diminuir a prática no bioma em 80% até 2020, com base nos índices de 2005. Oito anos antes do fim do prazo assumido, a redução já foi de 76,2%.

 

Os números positivos foram reconhecidos internacionalmente e aplaudidos durante a COP18 (Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas de 2012).

 

Catharine Rocha, com agências de notícia

Foto: A Crítica

 

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