A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta quarta-feira (05), que não irá recuar da decisão de reduzir o preço da energia no Brasil. “O Governo Federal não recuará”, avisou para uma plateia de empresários da indústria durante o 7º Encontro Nacional da Indústria, em Brasília. Dilma criticou a ‘falta de sensibilidade’ dos que ‘não percebem a importância’ referindo-se às empresas – Cesp (São Paulo), Cemig (Minas Gerais) e Copel (Paraná) – que se recusaram a assinar o contrato de renovação das concessões de energia elétrica conforma as regras previstas pelo Governo.
“Reduzir o preço da energia é uma decisão da qual o Governo Federal não recuará apesar de lamentar profundamente a imensa falta de sensibilidade daqueles que não percebem a importância disso agora para permitir que nosso País cresça de forma sustentável”, afirmou Dilma. A presidenta reiterou o compromisso de, em 2013, “buscar mais esforços para reduzir essas tarifas”. Ela enfatizou que diminuir o preço da energia é “tão importante quando a redução da taxa de juros, da taxa de câmbio”.
Segundo cálculos apresentados pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, a redução da tarifa da conta de luz deve ficar em 16,7% e não mais em 20,2%, conforme previsto anteriormente. A diminuição do benefício deve-se justamente a essas concessionárias, que se recusaram a aceitar as condições de participação do plano de diminuição dos custos da energia lançado pelo Governo Federal.
Ela afirmou que o corte das tarifas vai “onerar bastante” a União e avisou que vai denunciar os responsáveis: “quando me perguntarem para onde vão os recursos orçamentários do governo, responderei que uma parte irá para suprir a indústria brasileira e a população brasileira, daquilo que outros não tiveram a sensibilidade de fazer. Nós somos a favor da redução dos custos de energia e faremos isso porque é importante para o País”, declarou.
Segundo a presidente, o objetivo era alcançar uma diminuição média de 22% nas tarifas. “Para isso, nós adotamos duas medidas, ou melhor, dois conjuntos de medidas. Um conjunto que era reduzir os encargos nas tarifas de energia, notadamente a RGR, a CSS e Conta de Desenvolvimento Energético. Essas três tarifas, junto com o fim das concessões de energia elétrica, antecipação em alguns casos e o fim em outros, permitiram que a gente reduzisse em 22% essas tarifas”, afirmou.
A iniciativa do Governo conta com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, (FIESP), empresários e produtores, grandes beneficiários da medida porque reduz os custos da produção. Segundo a CNI, a indústria responde por cerca de 43% do consumo de energia elétrica e diminuir a tarifa é necessário para estimular a economia e reduzir os custos dos produtos.
Com agências de notícias
Confira a íntegra do discurso da presidenta Dilma Rousseff
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