O ingresso da Venezuela no Mercosul, oficializado nesta terça-feira (31/07), tem significado histórico, pois a chegada do novo parceiro ampliar as potencialidades do bloco, que se consolida como potência energética. A análise é da presidenta Dilma Rousseff.
“Foi uma honra e uma satisfação presidir esta reunião”, afirmou a presidenta, no encerramento da cúpula do bloco, em Brasília. O encontro formalizou a adesão da Venezuela, o 5º Estado Parte do Mercosul. “Esta é a primeira ampliação de nosso bloco, desde a sua criação, em 1991. Na qualidade de presidenta pro tempore do Mercosul, damos as boas-vindas ao povo venezuelano, por intermédio do presidente Hugo Chávez. Há tempos desejamos um Mercosul ampliado em suas fronteiras e com capacidades acrescidas”, disse.
O Mercosul inicia uma nova etapa com o ingresso da Venezuela, passando a contar com uma população de 270 milhões de habitantes e um PIB em torno de US$ 3 trilhões, o que representa cerca de 83% do PIB sul-americano e 70% da população da América do Sul. “O Mercosul torna-se um dos principais produtores mundiais de alimentos e de minérios, afirmou a presidenta Dilma.
Além disso, o bloco sul americano torna-se a quinta economia mundial. “De agora em diante, nos estendemos da Patagônia até o Caribe. Considerando os quatro países mais ricos do mundo, os Estados Unidos, a China, Alemanha e o Japão, o Mercosul é somado à quinta economia, nessa ordem. A presença venezuelana aporta muito nesse sentido, reforça nossos recursos, abre oportunidades a vários empreendimentos”, disse Dilma.
Com a Venezuela, o Mercosul consolida-se como uma grande potência energética global, já que o novo membro tem uma das maiores reserva de petróleo do mundo e busca. A presidenta Dilma apresentou dados que mostram que a relação comercial da Venezuela com o Mercosul aumentou sete vezes ao longo da última década. Segundo Dilma, há, agora, espaço ainda maior para o crescimento do comércio, dos investimentos e da integração das cadeias produtivas dos países associados.
Mujica
A importância da chegada do novo parceiro também foi destacada pelo presidente do Uruguai, José Mujica. Ele lembrou que num quadro de agravamento da crise econômica internacional e de dificuldades, especialmente do bloco europeu, a incorporação da Venezuela ao Mercosul fortalece a determinação de enfrentamento dos efeitos da crise e da inclusão social. O presidente uruguaio considera que a América do Sul vive uma situação oposta a da maioria dos países ricos, imersos em dificuldades. “É agora ou nunca. O desafio é enorme”, resumiu, referindo-se às perspectivas dos integrantes do Mercosul.
Paraguai
Dilma também comentou a situação do Paraguai, suspenso provisoriamente do Mercosul por causa do processo político que levou, em junho deste ano, ao impeachment do presidente Fernando Lugo. A suspensão vigora até abril de 2013, quando ocorrem novas eleições presidenciais naquele país. Dilma disse esperar que o Paraguai normalize sua situação.
“O que moveu a totalidade da América do Sul foi compromisso inequívoco com a democracia. Os países do Mercosul, assim como os da Unasul, têm agido de forma coordenada nessa questão com o sentido único de preservar e fortalecer a democracia em nossa região”, afirmou a presidenta sobre a suspensão do Paraguai. “A expectativa é que nossos normalizem sua situação institucional interna para que possam reaver seus direitos plenos no Mercosul”, afirmou.
Mujica
A importância da chegada do novo parceiro também foi destacada pelo presidente do Uruguai, José Mujica. Ele lembrou que num quadro de agravamento da crise econômica internacional e de dificuldades, especialmente do bloco europeu, a incorporação da Venezuela ao Mercosul fortalece a determinação de enfrentamento dos efeitos da crise e da inclusão social.
O presidente uruguaio considera que a América do Sul vive uma situação oposta a da maioria dos países ricos, imersos em dificuldades. “É agora ou nunca. O desafio é enorme”, resumiu, referindo-se às perspectivas dos integrantes do Mercosul.
Com informações do Blog do Planalto/ Agencia Brasil
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