Dilma quer pacto e responsabilidade para que o Brasil supere a crise

Dilma quer pacto e responsabilidade para que o Brasil supere a crise

Dima: “Quero um entendimento nacional pois governo para todos os 204 milhões de cidadãos e cidadãsA presidenta Dilma Rousseff defendeu, nesta quinta-feira (7), um pacto pelo entendimento nacional para superar as crises política e econômica. “O Brasil hoje precisa de um grande pacto. O Brasil já superou momentos difíceis fazendo pactos, mas nenhum pacto ou entendimento prosperará se não tiver como premissa o respeito à legalidade e à democracia”, disse a presidenta.

 

“Quero um entendimento nacional porque governo para todos os 204 milhões de cidadãs e cidadãos [brasileiros]. Portanto, a intolerância e o ódio não servem a um governo responsável. Desde que assumi o segundo mandato, busco, busquei e buscarei consensos capazes de nos fazer superar toda e qualquer crise”, acrescentou.

 

Segundo Dilma, existem algumas condições para esse pacto ser alcançado: o respeito ao resultado das urnas, o fim das pautas-bomba no Congresso Nacional, que aumentam os gastos públicos, a unidade pela aprovação de reformas, a retomada do crescimento econômico, a preservação dos direitos conquistados pelos trabalhadores e “a necessária, imprescindível e urgente reforma política”.

 

“Esse é o pacto que eu busco: trabalhar para superar a crise, voltar a crescer e agir para entregar ao meu sucessor um Brasil muito melhor no dia 1º de janeiro de 2019”, afirmou a presidenta para uma plateia formada por mulheres representantes de movimentos sociais e sindicais como das marchas das Margaridas, Mundial das Mulheres e das Mulheres Negras e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que foram ao Palácio do Planalto. 

Mulheres nas ruas
Na cerimônia, que durou mais de mais duas horas, as feministas gritaram palavras de ordem como “no meu país, eu boto fé, porque ele é governado por mulher”, “somos todas Dilma” e “não vai ter golpe e vai ter luta”. Mulheres de movimentos sociais se posicionaram contra o impeachment. A presidenta recebeu dos movimentos manifestos em favor da democracia. A integrante da Marcha das Margaridas, Alessandra Lunas, destacou que as mulheres camponesas estão nas ruas em defesa do mandato da presidenta Dilma. 

“Nós mulheres estamos sempre nas ruas dizendo que estamos em defesa da democracia porque ela para nós é um princípio fundamental para garantir a igualdade no nosso País. Não admitiremos que desmontem a democracia e os instrumentos de lutas da classe trabalhadora que é o que garante o não retrocesso de direito”, afirmou. 

A representante da Marcha Mundial da Mulheres, Sônia Coelho, disse que a presidenta Dilma tem sofrido ataques relacionados à questão de gênero, os quais ela classificou de machistas. “Queremos repudiar a violência que tem sofrido a presidenta Dilma com ataques racistas, machistas. Quando ataca uma mulher no poder, ataca todas nós mulheres brasileiras. Quero dizer que somos parte dessas mulheres que estamos nas ruas dizendo que não vai ter golpe”, disse Sônia. 

A presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatraf), Creuza Maria de Oliveira, listou as conquistas sociais obtidas pelas domésticas. “Estamos também participando da defesa desse governo, que é nosso. Queremos respeito a esse mandato democrático, eleito pelo povo, pelas mulheres. Não podemos aceitar que a Constituição deste País seja rasgada. Queremos dizer: mexeu com ela, mexeu conosco. Não vamos aceitar retrocesso”, salientou. 

Nas duas últimas semanas a presidenta Dilma Rousseff recebeu o apoio de juristas, artistas, intelectuais e representantes de movimentos sociais em eventos no Palácio do Planalto. E os apoios em defesa de Dilma e da democracia crescem a cada dia. 

 

Com informações do Portal Brasil e da Agência Brasil

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