Lindbergh: “Brasil precisa superar todas as práticas de violência de gênero”

Lindbergh Farias usou as redes sociais para manifestar sua indignação contra a violência policial sofrida pela travesti Verônica BolinaA violência com que a travesti Verônica Bolina foi tratada enquanto estava presa, sob custódia das forças de segurança pública indignou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Nas redes sociais, o senador disse que a barbárie praticada precisa ser não só repudiada, mas punida. “O Brasil precisa definitivamente superar todas as práticas de violência de gênero”, resumiu.

Segundo ele, o Estado precisa garantir que essas pessoas tenham assegurados seus direitos e cidadania. “Precisamos avançar na proteção aos direitos humanos. Isso é uma ferida aberta em nossa sociedade. Uma profunda e amarga ferida”.

Verônica foi detida no último domingo (12) sob acusação de ter entrado em conflito com uma vizinha. Também teria, segundo a denúncia, atacado e arrancado a orelha de um carcereiro quando estava sendo transferida de cela no 2º Distrito Policial, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo.

Humilhada e espancada pela polícia, Verônica Bolina teve seu cabelo raspado, foi fotografada com os seios expostos e o rosto completamente desfigurado e teve uma imagem grotesca exposta nas redes sociais e na imprensa. Nas imagens, Verônica aparece com mãos e pés algemados, jogada no chão e cercada por policiais armados. “É um triste retrato da discriminação e do despreparo dos agentes policiais envolvidos para lidar com a diversidade, para lidar com a vida e dignidade humanas”, lamentou o senador.

A revolta do parlamentar cresceu ainda mais depois que Lindbergh tomou conhecimento de um depoimento onde a própria vítima declarou estar “possuída” e que a polícia teria apenas feito seu papel ao “contê-la”. Ele enfatizou que o depoimento foi dado logo depois dela ser contida, espancada, humilhada e agredida física e simbolicamente. “Até quando as vítimas da opressão, da injustiça e do cerceamento de direitos serão expostas como culpadas?”, indagou.

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