Duro de matar: apesar dos ataques, PT ainda é o partido que mais cresce no Brasil

Duro de matar: apesar dos ataques, PT ainda é o partido que mais cresce no Brasil

Foto: Arquivo PT

Cyntia Campos
06 de dezembro de 2016 | 18:21h

O PT é o partido brasileiro que mais cresceu em número de filiados nos últimos 11 anos, ampliando suas fileiras em mais de meio milhão de novas adesões entre 2005 e 2016, já descontadas as desfiliações. Os números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que em 2005 eram 1.054.671 filiados ao partido. Hoje, são 1.587.107, ou seja, um crescimento de quase 50%.

O PT foi o campeão de crescimento mesmo sob o pesado bombardeio midiático de 2015/2016, no processo que culminou com o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. As 532.436 novas adesões ao partido registradas nos últimos 11 anos são um número muito mais expressivo do que os registrados pelas legendas que registraram o segundo e o terceiro lugar em crescimento, no mesmo período: o PRB obteve penas 383.874 mil novos filiados e o PMDB registrou 57.878.

Ainda esta semana, o PT começa com as filiações online, o que deixará muito mais simplificado o processo de adesão (saiba mais clicando aqui). Os números do TSE sobre o crescimento petista são impressionantes, mas a base de dados do próprio partido — mais  atualizada — mostra um cenário ainda mais favorável. Os registros do PT dão conta de 855.079 novos filiados entre 2005 a 2016, um crescimento de 94%. O site da legenda exibe um contador do número de filiados em tempo real.

O PT está vivo
“O PT veio para ficar”, resume o presidente nacional da legenda, Rui Falcão. A intensa e diuturna campanha de desconstrução do partido levada a cabo no período recente, lembra ele, não chega a ser uma novidade para a militância. “Desde que o PT existe, a grande imprensa diz que o PT vai acabar”. As crises atravessadas pelo PT — reais ou criadas pela mídia — são sempre noticiadas como “a maior crise da história” da agremiação.

Falcão ressalta que organismos vivos em movimento sempre vão atravessar crises. “Mas essas crises não são terminais. São, muitas vezes, derivadas da necessidade de retificação de políticas, de busca de uma nova trajetória”. Um exemplo é o processo de preparação do 6º Congresso do PT, atualmente em curso, que vem criando grande expectativa na base do partido quando aos rumos que poderá apontar. “Esse processo está animando a nossa militância a apresentar teses, a retomar o debate, a reabrir os diretórios”, aponta o presidente. O Congresso está previsto para abril de 2017.

Processo de renovação
Rui Falcão credita os reiterados anúncios sobre a “morte” do PT muito mais ao desejo dos setores conservadores do que a uma leitura realista da realidade do partido e do País. “O PT não é uma proposta falida, nem precisa ser reconstruído, pois não está destruído. O PT precisa ser e será renovado”.

A vitalidade do PT, acredita Falcão, pode ser creditada, em grande medida, às realizações dos governos petistas. “Com toda a campanha midiática, política e jurídica, eles não foram capazes de destruir nosso legado. O fim da miséria e da fome, a ascensão social, o conjunto de políticas que nossos governos empreenderam, que ainda está guardado na memória da população”.

Retomar o governo e restaurar a democracia
Além disso, ressalta, está cada vez mais claro para a população que os setores responsáveis pelo golpe contra Dilma não são alternativa para a retomada do crescimento e da estabilidade política. “Nossa postura como oposição tem recuperado parte da base social que se afastou de nós a partir do ajuste econômico de 2015, quando tomamos medidas que confundiram os setores que sempre nos apoiaram e a nossa militância”.

Apesar da crise política generalizada, que atinge a credibilidade da política e das instituições, Rui Falcão acredita que a vinculação do PT com os movimentos sociais, a retomada dos laços com essas forças vivas, recoloca o PT como alternativa para retomar o governo e recuperar a democracia que foi violada com o golpe. “As medidas recentes do governo golpista — entre elas, principalmente, a PEC 55, ou PEC do Fim do Mundo, e agora essa terrível reforma da Previdência — faz com que o PT seja de novo uma referência”.

Estrutura democrática e horizontal
Para o secretário Nacional de Organização do PT,  Florisvaldo Souza, o crescimento do partido está ligado, especialmente, à importância histórica do PT para o Brasil. “Ele atrai as pessoas porque tem um programa, tem lado na história, que é o lado dos trabalhadores. É um partido voltado para a questão social, para a democracia”

Outro ponto importante, lembra Souza, é a estrutura partidária, muito mais aberta e horizontal. “É um partido democrático, que permite a todos participarem, desde o militante de base, que pode dar opinião, participar, ser candidato. Todo filiado debate, desde a questão local, da sua moradia, seu trabalho, até as questões nacionais”.

 

Com informações do PT Nacional

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