Estudantes querem debater PEC da Maldade, mas gestão Temer não quer diálogo

Estudantes querem debater PEC da Maldade, mas gestão Temer não quer diálogo

Foto: Alessandro Dantas/PT no SenadoGiselle Chassot

9 de novembro | 13h27

O governo se faz de surdo. Mas estudantes gritam na frente do Congresso. No sol, enfrentam a polícia com determinação e resiliência. O governo não quer discutir. Isolados em seus gabinetes, sitiados num Congresso com todos os acessos proibidos ao povo – triste Casa do Povo, os aliados da gestão Temer tentam tratorar do lado de dentro, aprovando uma proposta de emenda Constitucional (PEC 55 no Senado; na Câmara, PEC 241) que vai congelar salários, investimentos, saúde e educação por vinte anos. Não querem ouvir.

Do lado de fora, os estudantes, vindos de Curitiba, onde o Ocupa Escola tem muita força, de Brasília e de outros estados, insistem. Querem ser ouvidos.  A polícia chega. Os estudantes pedem que alguém venha negociar para que eles possam entrar. A senadora paranaense Gleisi Hoffmann (PT) deixa a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – onde os parlamentares, impassíveis, debatem a PEC da Maldade – e se junta ao líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), rumo aos estudantes.

Os dois senadores petistas falam. Os estudantes escutam. Acatam o acordo proposto por Gleisi e Humberto. Duas representantes dos estudantes, Alessandra* e Flávia*, entram no prédio sitiado acompanhadas dos parlamentares. Uma delas tem um ombro deslocado, fruto da briga com outros policiais, em outro protesto.

Pelo acordo apresentado pelos parlamentares, elas participarão de uma audiência pública às 14 horas, onde a PEC da maldade será – esperam os estudantes – debatida.

A confusão está feita. Mas nem de longe foi protagonizada pelos estudantes.

*Nomes alterados para preservar a identidade das estudantes

 

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