O Instituto Lula rebateu, em nota pública, a mais uma publicação da grande imprensa que recorreu a um boato para tentar relacionar o ex-presidente às irregularidades apuradas pela Operação Lava Jato. Desta vez foi o jornal Valor Econômico, que requentou uma declaração do ex-diretor de Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró — já desmentida pelo próprio delator. Cerveró teria ouvido dizer que uma negociação para aquisição de US$ 300 milhões em blocos de petróleo na África teria gerado propina “de até” R$ 50 milhões para a campanha de reeleição de Lula.
O fato de Cerveró ter “ouvido dizer” e depois desmentido que tivesse ouvido não impediu o Valor Econômico de cravar, no título da matéria, publicada na última segunda-feira (18) que “Campanha de Lula teve propina”. Segundo o jornal, a “informação” constaria de um documento elaborado pelos advogados de Cerveró quando negociavam os termos da delação premiada de seu cliente com a Procuradoria da República — a denúncia reproduzida pelo Valor não consta da delação formalizada pelo ex-diretor da Petrobras.
Em sua resposta ao Valor, o Instituto Lula lembra que “a história narrada nestes papéis, de procedência ilegal e duvidosa, é requentada e sequer foi confirmada pelo delator, em seu depoimento, conforme já divulgou a imprensa”.
O material, destaca o Instituto, “serve apenas para alimentar uma campanha de difamação, sem provas nem indícios, com claras motivações políticas, contra o maior líder popular do país”.
Leia abaixo a íntegra da nota do Instituto Lula:
Resposta ao Valor Econômico
O ex-presidente Lula não tem qualquer relação com a história narrada nos papéis mencionados pelo jornal Valor, tanto assim que Lula não é parte desta ação penal e não foi arrolado pela Lava Jato nem mesmo como testemunha. A história narrada nestes papéis, de procedência ilegal e duvidosa, é requentada e sequer foi confirmada pelo delator, em seu depoimento, conforme já divulgou a imprensa. Serve apenas para alimentar uma campanha de difamação, sem provas nem indícios, com claras motivações políticas, contra o maior líder popular do país. Lula não responde a nenhuma ação judicial porque sempre agiu dentro da lei, antes, durante e depois de ser presidente do Brasil.