Em decisão ainda a ser oficializada, a Executiva Nacional do PT, após reunião
A escolha por Humberto Costa encerra um período tumultuado no PT de Pernambuco. De um lado, tinha-se o atual prefeito não querendo abrir mão da candidatura à reeleição, apesar de seguidas pesquisas apontando descontentamento dos recifenses com sua administração. De outro, a disposição do deputado federal e secretário do Governo Estadual de Pernambuco, Maurício Rands, em disputar as eleições e fortalecer a Frente Popular formada em parceria com o PSB.
A prévia disputada entre ambos, no dia 20 de maio passado, porém, foi repleta de irregularidades. Contra João da Costa pesou a acusação de promover a inclusão fraudulenta de milhares de eleitores favoráveis à sua candidatura à reeleição, levando a Direção Nacional do partido a anular a eleição. O novo pleito teve de ser desmarcado, por causa da desistência de Maurício Rands de continuar na disputa. A saída de cena abriu caminho para o senador Humberto Costa, único dentre os possíveis candidatos a manter a Frente Popular e a receber o apoio do governador do Estado, Eduardo Campos (PSB).
A escolha por Humberto Costa está inserida dentro de um grande acordo entre o PT e o PSB, que extrapola os limites do Recife e alcança cidades ainda maiores, como São Paulo, por exemplo. Com a escolha de Humberto, espera-se a confirmação, para os próximos dias, que o PSB fechará apoio ao candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
João da Costa não aceitou a derrota. Após as prévias terem sido anuladas por fraude, ele engrossou ainda mais suas críticas à direção estadual do PT de Pernambuco, isolando-se a cada discurso destemperado. Ao sair, do encontro de São Paulo de hoje, segundo as agências de notícias, João da Costa chegou a dizer aos jornalistas que sua única opção era deixar o PT. Em seguida, porém, voltou atrás, afirmando que não tomaria nenhuma decisão de cabeça quente. À pergunta se ele apoiaria o senador Humberto Costa como candidato, respondeu: “Não sei se Humberto quer meu apoio. Depois desse processo todo, em que se falou tanto mal do governo e do prefeito, que sou centralizador, que não gosto da política e do diálogo, talvez ele nem precise do meu apoio.”
Com informações de agências online
Foto externa: Agência Senado