Agentes e militares voltam a visitar casas para combater mosquito da dengue

Agentes e militares voltam a visitar casas para combater mosquito da dengue

375 mil agentes e militares voltam às ruas nesta segunda. Esforço visa destruir criadouros do mosquito Aedes aegyptiApós o Dia Nacional de Mobilização Zika Zero, ocorrido no último sábado (13), com a presença de ministros e da presidenta Dilma Rousseff, as ações contra os criadouros do mosquito aedes aegypti continuam nesta semana. Serão 55 mil oficiais das Forças Armadas e 320 mil profissionais de diferentes áreas.

A presidenta Dilma Rousseff disse, no sábado, que o Brasil vai vencer a guerra contra o vírus zika, assim como conseguiu vencer a batalha contra a febre amarela, doença que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. “Nós temos esse grande desafio no Brasil. Temos de nos mobilizar para que seja um combate vitorioso”, afirmou a presidenta, em evento relacionado ao Dia Nacional de Mobilização Zika Zero, no Rio de Janeiro (RJ).

As medidas de atuação contra o mosquito, que serão retomadas nesta segunda-feira (15) e vão até quinta-feira (18), contarão com a atuação de 49 mil agentes de saúde. Eles percorrerão ruas, batendo de porta em porta, visitando casas para vistoriar quintais, varandas e também os locais públicos.

Para auxiliá-los, é preciso que cada um faça a sua parte e deixe que os agentes façam seu trabalho dentro das residências. Eles irão visitar casas em 115 cidades onde vivem cerca de 30% da população brasileira.

Uma das principais dificuldades desses profissionais são as recusas. São pessoas que ainda resistem em deixá-los entrar, mantendo portões e portas fechadas na hora da vistoria mesmo diante da grande ameaça que é o mosquito transmissor do zika vírus, causador de um aumento nos casos de microcefalia em bebês.

Francisco Limeira, agente de saúde no entorno do Distrito Federal, é um desses profissionais. No dia a dia, ele diz que a maioria das pessoas abre a porta de suas casas para que ele faça a vistoria, verificando se há criadouros do mosquito. Mas lembra que, em alguns momentos, a sua presença foi recusada. “Meu dia de serviço fica bastante machucado.”

Ele considera natural que, num primeiro momento, possa haver desconfiança, mas dá a dica para tranquilizar os moradores sobre a presença dos agentes de saúde. “É simples: a pessoa que está em casa pode, antes de receber o agente, pedir o telefone da inspetoria e ligar para conferir se, de fato, há uma equipe de agentes naquele bairro. Feita essa conferência, é só abrir a porta.”

O cuidado, diz Francisco Limeira, pode ir além. Há também uma segunda forma eficaz de comprovar se a pessoa que bate na porta é mesmo um profissional da saúde pública.

“Todo agente de saúde possui uma carteira funcional de identificação. Ao atender um agente, peça que ele mostre a carteira. Essa carteirinha possui uma foto. Dificilmente uma pessoa mal-intencionada vai apresentar um documento em que possa ser identificado”, acrescenta.

Ao falar da resistência de algumas pessoas ao trabalho dos agentes, ele comenta que são minoria. “E o que importa é a maioria”. Todos estão mobilizados para eliminar o Aedes aegypti. Nessa luta, diz Francisco Limeira, cada dona de casa, aposentado, jovem, profissional de qualquer área ou classe social é um agente de saúde em potencial.

Luta permanente contra mosquito

Após a mobilização do último sábado e da ação que será feita entre os dias 15 e 18, uma outra fase do plano de combate ao mosquito está marcada para ocorrer entre 19 de fevereiro e 4 de março.

Nesses dias, militares irão visitar as escolas públicas para falar aos estudantes sobre a importância de eliminar o Aedes aegypti e evitar focos de proliferação do mosquito causador do zika.

Com informações do Portal Brasil

 

Leia mais:

Humberto enfatiza necessidade de unir forças contra o Aedes aegypti

Governo determina abertura de imóveis para localizar e combater aedes

To top