Fátima Bezerra defende protestos contra governo golpista e pede Diretas Já

Fátima Bezerra defende protestos contra governo golpista e pede Diretas Já

Em artigo publicado nesta sexta-feira (9) no Novo Jornal, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) destaca a força dos movimentos sociais e da sociedade brasileira nas manifestações contra o governo golpista. A parlamentar lembra, ainda, que o governo que o governo atual, apesar de ter a maioria do parlamento, não tem a legitimidade conferida pelo voto direto – e nunca terá.

“Chegou o momento de resgatar uma bandeira que foi erguida durante a ditadura civil-militar, uma bandeira que outrora levou milhões de brasileiros às ruas em defesa da democracia: Diretas já!”, defendeu a senadora.

Leia o artigo na íntegra:

 

Fora Temer, Diretas Já e Nenhum Direito a Menos – Fátima Bezerra

O que estamos testemunhando nos mais diversos recantos do Brasil desde que o golpe de Estado foi consumado não são “40 pessoas que quebram carro”, como afirmou de maneira leviana o presidente ilegítimo em visita à China, mas sim a formação de uma imensa teia de resistência democrática.

No último domingo, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo realizaram um ato histórico na Av. Paulista, reunindo 100 mil na luta contra o golpe, contra a retirada de direitos e em defesa de eleições diretas. No feriado de 07 de setembro, milhares de pessoas participaram do Grito dos Excluídos em diversas cidades brasileiras e o “Fora Temer” foi a palavra de ordem que mais reverberou nas manifestações.

Apesar da criminalização da luta popular, que fez a estudante Deborah Fabri perder a visão de um olho após ser atingida por estilhaços de uma bomba lançada pela polícia contra um protesto pacífico, a sociedade brasileira e os movimentos sociais estão demonstrando que não haverá sossego para aqueles que tomaram o poder de assalto, para aqueles que querem retirar direitos dos trabalhadores, para aqueles que planejam privatizar o patrimônio nacional.

Não tenho dúvida que as manifestações serão cada vez mais expressivas, pois a farsa foi desmascarada, o atentado contra a democracia ficou evidente. Quando o consórcio golpista tentar aprovar a PEC 241/16, que congela durante 20 anos os investimentos sociais; a reforma da previdência, que eleva a idade mínima de aposentadoria, maltrata mulheres e professores e desvincula os benefícios do salário mínimo; ou ainda a reforma trabalhista, com a flexibilização dos direitos assegurados na CLT, a terceirização das atividades-fim e a redução dos salários, Michel Temer terá de enfrentar uma primavera de rebeldia e indignação da sociedade brasileira, que já deixou claro que não aceitará nenhum direito a menos.

Não basta ter maioria no parlamento para governar um país, é preciso ter a legitimidade conferida pelo voto direto da maioria da população, e isso o governo Temer nunca terá. Chegou o momento de resgatar uma bandeira que foi erguida durante a ditadura civil-militar, uma bandeira que outrora levou milhões de brasileiros às ruas em defesa da democracia: Diretas já!

A população brasileira tem o direito de decidir os rumos do país, de escolher quem deve governar e qual programa de governo deve ser implementado para que o Brasil reencontre o caminho do desenvolvimento econômico com inclusão social. A causa democrática é muito maior do que nossas diferenças.

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