FMI: Brasil deve crescer 3% em 2013 e 4% no ano que vem

A economia brasileira deve se recuperar este ano, depois de crescer apenas 0,9% em 2012, destaca o FMI. O Fundo reduziu a projeção de crescimento da economia mundial, que continuará a ser puxado pelos emergentes.

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira em 2013, de 3,5%, previstos em janeiro, para 3%. O FMI também reduziu a projeção de crescimento da economia mundial para 2013. A estimativa consta no relatório “Projeção Econômica Mundial: Esperanças, Realidades e Riscos”, divulgado nesta terça-feira (16), no início da reunião do Fundo, em Washington.

Esta é a segunda vez que o FMI revê para baixo a estimativa de crescimento da economia brasileira para 2013. Em janeiro, o FMI já havia baixado a previsão, que era de expansão de 4% divulgada em um relatório feito em outubro de 2012. A proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014, apresentada pelo Governo ao Congresso, na última segunda-feira (15), foi elaborada sobre a estimativa de crescimento de 3,5% este ano e de 4,5% no ano que vem.

A expectativa é de que o PIB global tenha expansão de 3,3% este ano, abaixo dos 3,5% projetados em janeiro pelo Fundo. Para 2014, a estimativa segue inalterada, com previsão de crescimento de 4%, de acordo com o relatório “Projeção Econômica Mundial: Esperanças, Realidades, Riscos”, divulgado nesta terça-feira.

O crescimento mundial continuará a ser puxado pelos emergentes, especialmente a China, que deverá crescer 8% este ano. Já entre os países desenvolvidos, a média de expansão do PIB deverá ser de apenas 1,2% em 2013. Neste bloco, a economia americana deverá ter o maior crescimento, de 1,9%.

Poucos países tiveram revisão para cima nas projeções de crescimento em 2013. Japão e Alemanha estão entre eles. Para 2014, o FMI elevou a estimativa de crescimento do Brasil dos 3,9%, previstos em janeiro, para 4%. A economia brasileira deve se recuperar este ano, depois de crescer apenas 0,9% em 2012, destaca o FMI. A recuperação é reflexo dos cortes de juros do passado recente e das fortes políticas de estímulo do governo, mas o investimento privado segue decepcionando, ressalta o relatório.

Para a América Latina como um todo, a projeção de crescimento foi reduzida em 0,3 ponto porcentual, para 3,4% em 2013. Já para 2014, o número não mudou e o FMI segue esperando crescimento de 3,9%. O México deve ganhar do Brasil em crescimento este ano, com expansão prevista de 3,4%, mas perde em 2014, ano em que deve crescer nos mesmos 3,4% de 2013.

A zona do euro deve continuar em recessão e a previsão é de encolhimento de 0,3% do PIB da região, uma piora de 0,2 ponto ante a estimativa anterior. O FMI mantém a previsão de que os países da região vão se recuperar em 2014, crescendo 1,1%. A Alemanha deve ser o destaque e ter crescimento de 0,6% este ano, enquanto países como Itália e Espanha seguem se contraindo mais que o inicialmente esperado, respectivamente em 1,5% e 1,6%. No caso da Itália, a projeção foi revista para baixo em 0,4 ponto, pois em janeiro se esperava contração de 1,1%, por causa do caos político no país.

O Japão, que resolveu adotar uma política monetária mais expansionista, foi um dos países que teve maior revisão para cima nas projeções divulgadas hoje. A economia japonesa deve crescer 1,6% este ano, 0,4 ponto acima da previsão anterior. Para 2014, a estimativa aumentou em 0,7 ponto e agora é de 1,4%.

Com agências online

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