Ângela: pauta que tem sido imposta à sociedade nem de longe reflete o desejo do eleitor nas eleições de 2014As tentativas de impor retrocessos na marra contra a sociedade e os mais pobres não param no governo golpista. As mais recentes medidas que significam andar para trás incluem a imposição da idade mínima de 70 anos para a aposentadoria – homens e mulheres – e a interrupção das bolsas de estudantes do programa Ciência Sem Fronteiras. Esse conjunto da obra do governo ilegítimo de Temer, desaprovado por 70% dos brasileiros, na opinião da senadora Ângela Portela (PT-RR), contemplam ações retrógradas dessa gestão interina e “deixam clara a intenção de impor à sociedade um pacote de injustiças sociais”. “A pauta que tem sido imposta à sociedade nem de longe reflete o desejo do eleitor nas eleições de 2014”, lamenta a senadora.
Em discurso nesta terça-feira (28), Ângela disse que o governo ilegítimo pratica um verdadeiro atentado às políticas sociais e à promoção dos direitos das minorias brasileiras. Como exemplo, apontou a recente decisão de transferir para a Presidência da República as dotações orçamentárias da Secretaria de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
“Essa medida significa corte nas verbas para políticas destinadas às pessoas com deficiência, para o enfrentamento ao trabalho escravo, ao tráfico de pessoas e à homofobia. Também foram transferidos os recursos destinados à proteção das pessoas idosas, das mulheres, das crianças e dos adolescentes”, explicou.
Cortes e retrocessos
Uma das propostas do governo ilegítimo de Temer, que será enviada em breve ao Congresso Nacional, prevê novas regras para a idade mínima para a aposentadoria, que deve ser de 70 anos com uma regra de transição. Para Ângela, o projeto afetará diretamente as mulheres trabalhadoras. “A intenção da equipe econômica é, clara e transparente: igualar a idade da aposentadoria entre homens e mulheres”, disse.
A senadora também criticou a interrupção das bolsas mensais de estudantes de doutorado que fazem cursos em universidades da Itália, Holanda e Reino Unido por meio do programa Ciência Sem Fronteiras. Os estudantes que têm contrato de quatro anos com o Governo Federal não foram sequer comunicados da decisão do Ministério da Educação de interromper o programa, de acordo com Ângela.
“Não bastasse todo esse desmonte do Estado de bem-estar social, o governo do vice em exercício também está longe, muito longe de cuidar da ética e da moralidade pública. Enfim, o governo já tem as marcas da insensibilidade social e da instabilidade decorrente de seus sérios problemas com a justiça”, denunciou a parlamentar petista.
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