O líder do PT destacou iniciativas para a realização do torneio, disse do não comprometimento do orçamento federal para a organização do evento e contestou alegações de prejuízo ao financiamento da saúde, da educação e da segurança
Humberto Costa celebra Copa no Brasil e |
O incremento de R$ 183 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro; a geração de 3,6 milhões de empregos, o equivalente à população do Uruguai; e mais de 40 obras de mobilidade urbana que ficarão à disposição da população depois da realização da competição fazem parte do expressivo legado da Copa do Mundo de 2014 e são muito mais fortes que o discurso oportunista de quem tenta desqualificar a realização do Mundial no Brasil. A avaliação é do senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado, que, na tarde desta segunda-feira (17), em pronunciamento ao plenário, fez um balanço dos benefícios da Copa 2014 para o País.
O senador manifestou sua estranheza com as críticas da grande imprensa e, principalmente, de setores da oposição. Humberto Costa lembrou que 18 governadores, de diversos partidos, inclusive dos que hoje atacam a realização da Copa no Brasil, disputaram com grande disposição o direito de inscrever suas capitais como cidades sedes do evento. “É preciso externar o que há de mentira nesse discurso de ataque ao Brasil como país sede, que muitos repetem com interesse político”, afirmou.
Para Humberto, nove meses depois a eclosão das manifestações de junho de 2013, “o brasileiro começa a ver a Copa em melhor perspectiva. E por um prisma mais objetivo e menos passional, mais separado daquela pauta que o Brasil começou a rediscutir com profundidade a partir do ano passado”. O senador destacou a postura da presidenta Dilma, que “se associou aos anseios dos brasileiros”, apresentando os cinco pactos que deram início à série de ações em áreas sensíveis, como a saúde, por meio do Programa Mais Médicos, por exemplo.
“O fato é que o mundial de futebol não tem mais sido confundido pela imensa maioria dos brasileiros. Hoje, a Copa voltou a ser vista como uma oportunidade importantíssima para o nosso País”, afirmou o senador. O senador enfatizou que não há dinheiro do Orçamento da União investido na construção de estádios, que estão sendo financiados pelos governos estaduais, inclusive do PSDB, que arcam com 50% dos gastos, e por instituições como o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
O balanço oficial aponta R$ 25,6 bilhões de investimentos na Copa, entre aportes públicos e privados. Esses recursos têm assegurado o encaminhamento de mais de 40 obras de mobilidade urbana “para melhorar a vida da população e facilitar a circulação nas grandes cidades do Brasil”, como destacou o senador. Humberto citou também as intervenções em portos, aeroportos, metrôs, corredores de ônibus, terminais rodoviários e avenidas, “que legarão uma significativa melhoria na infraestrutura urbana brasileira”.
Além desse legado, o senador chamou a atenção para o impulso à economia resultante das obras de infraestrutura. “Segundo estudos de consultorias, o incremento econômico, em quatro anos, será de mais de R$142 bilhões. No mesmo período, o País deve arrecadar R$ 11 bilhões em impostos e a nossa população terá um acréscimo de renda da ordem de R$ 64 bilhões”. E, conforme o discurso, os benefícios não se esgotam aí: a Embratur calcula que os turistas que virão ver o mundial deixarão no Brasil cerca de R$ 25 bilhões.
Para o senador, a procura de ingressos para os jogos da Copa ilustra bem a capacidade dos brasileiros de não se iludirem com o discurso oportunista anticopa. Até o momento, já foram feitas quase 10 milhões de solicitações de compra, o que equivale a mais de três vezes a quantidade de entradas que serão oferecidas para venda. Do 1,5 milhão de ingressos já vendidos, 57% foram comprados por brasileiros. “Esse percentual atesta a aprovação da Copa do Mundo no nosso País e isola mais ainda aqueles setores que torcem contra ela”, afirmou o senador.
Investimentos em saúde e educação
Humberto destacou ainda que todos os ganhos decorrentes da realização da Copa no Brasil ocorrerão sem perdas em qualquer outra área sensível. “O valor total de investimentos públicos e privados em estádios, por exemplo, é apenas 10% do que o Governo Federal desembolsou no passado para a área da saúde e apenas 8% de tudo o que investiu em educação”, lembrou o senador.
“A Copa do Mundo não se contrapõe à Saúde e à Educação, como alguns querem fazer parecer. Nossa vitória para sediar o mundial de futebol em nada conflita com os compromissos dos Governos do PT com essas áreas básicas para o desenvolvimento da nossa sociedade, nas quais temos investido pesadamente”, garantiu Humberto. Ele enfatizou que, desde 2007, quando o País foi escolhido para sediar o mundial, até hoje, foram aplicados mais de R$ 758 bilhões em Saúde e Educação. Para a construção dos estádios, foram destinados R$ 4 bilhões.
O senador comemorou o sentimento de “Vai ter Copa” que é majoritário entre os brasileiros. “E mais do que isso, vejo que estamos todos totalmente empenhados em mostrar ao mundo que somos capazes de fazer a Copa das Copas, a mais bonita de toda a história. Força, talento e tradição nós temos de sobra para entrar